Conflito com o Irã: Israel lamenta novas vítimas

Segundo dados do governo, pelo menos 24 pessoas foram mortas em ataques com mísseis iranianos contra Israel até o momento. O número de mortos aumentou em onze desde a meia-noite, anunciou o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu na tarde de segunda-feira (horário local). Quase 600 pessoas ficaram feridas em Israel desde sexta-feira.

A Guarda Revolucionária do Irã afirmou que um "novo método militar" foi utilizado. Isso fez com que os sistemas de defesa multicamadas de Israel disparassem uns contra os outros, atingindo vários alvos com sucesso.

Israel lançou um grande ataque ao Irã na noite de sexta-feira , e a República Islâmica respondeu com contra-ataques ferozes. O exército israelense teria atacado instalações nucleares e alvos militares em particular. Segundo dados oficiais, mais de 220 pessoas foram mortas no Irã, incluindo vários oficiais militares de alta patente e cientistas.

Os países ocidentais e a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) suspeitam que o Irã esteja buscando adquirir armas nucleares. A liderança em Teerã rejeita essa alegação. Seu programa nuclear atende exclusivamente a propósitos civis, afirma repetidamente. O chefe da AIEA, Rafael Grossi, alertou em Viena que a escalada militar "está atrasando o trabalho essencial em busca de uma solução diplomática para garantir, a longo prazo, que o Irã não adquira armas nucleares".

Katz: Teerã "pagará o preço"

Após novos ataques com foguetes na região de Haifa e na região de Tel Aviv, o Ministro da Defesa israelense, Israel Katz, emitiu um alerta direto à população de Teerã. Os moradores da capital iraniana "terão que pagar o preço da ditadura e serão forçados a deixar suas casas nas áreas onde ataques a alvos do regime e infraestruturas relevantes para a segurança em Teerã serão necessários", escreveu Katz na plataforma online X. O ministro já havia chamado o Líder Supremo do Irã, Aiatolá Ali Khamenei, de "ditador arrogante" que se tornou um "assassino covarde".

Segundo fontes do governo em Washington, Israel pretendia matar Khamenei. O presidente americano , Donald Trump, vetou a medida. Questionado sobre isso, o primeiro-ministro israelense Netanyahu disse: "Há tantas notícias falsas sobre negociações que nunca ocorreram, e não vou responder a elas. Estamos fazendo o que temos que fazer."

"USS Nimitz" ruma para o Oriente Médio

Diante da escalada do conflito, os Estados Unidos aparentemente estão enviando o porta-aviões "USS Nimitz" para a região. O navio de guerra deixou o Mar da China Meridional na manhã de segunda-feira e rumou para o oeste, em direção ao Oriente Médio, de acordo com dados do site Marine Traffic.

No entanto, o Ministro das Relações Exteriores alemão, Johann Wadephul, afirma não esperar que os Estados Unidos intervenham no conflito. "Não tenho a menor indicação de que os EUA tenham interesse em se envolver", disse Wadephul à Deutschlandfunk, vindo de sua viagem ao Oriente Médio em Omã.

Recentemente, discutiu-se se os EUA poderiam ajudar seu aliado Israel a destruir a instalação nuclear subterrânea iraniana em Fordow. Especialistas acreditam que isso exigiria bombas destruidoras de bunkers extremamente potentes. Os EUA possuem tais armas, mas Israel não.

"ELEFAND": Alemães devem se registrar

Enquanto isso, o Ministério Federal das Relações Exteriores (AA) em Berlim pediu a todos os alemães em Israel, Irã e países vizinhos que se registrem na lista de preparação para crises "ELEFAND" . Isso permitirá que as missões diplomáticas alemãs no exterior entrem em contato rapidamente com as pessoas em caso de emergência. Atualmente, não há planos concretos para evacuações, mas todas as opções estão em aberto, disse um porta-voz do AA.

wa/se/pg (dpa, afp, rtr)