Estado de emergência após grande apagão no Chile

Horas após a queda de energia, o fornecimento de energia foi parcialmente restabelecido em algumas partes da capital Santiago e nas cidades costeiras de Valparaíso e Viña del Mar. A queda de energia afetou áreas no norte, onde há indústria de mineração, bem como as regiões central e sul, onde vive a maior parte da população do país andino.

Santiago estava praticamente no escuro. Sirenes de veículos de emergência soaram por toda a cidade. O metrô, que transporta milhões de passageiros, foi cancelado. Os passageiros tiveram que ser resgatados dos trens encalhados. "Não há nada. Não há dinheiro. Não há dinheiro. Nada", disse José Luis Orlandini, que estava comendo no centro de Santiago quando a energia acabou. O Ministério do Interior disse que estava mobilizando forças armadas por todo o país para manter a ordem.

O chefe do Coordenador Nacional de Eletricidade do Chile (CEN), Ernesto Huber, disse que ainda não há um cronograma para restaurar a eletricidade em todo o país. No entanto, o fornecimento de eletricidade foi gradualmente restaurado em áreas do norte e do sul. "Reiniciamos várias usinas de energia, principalmente hidrelétricas", disse Huber, acrescentando que a causa da interrupção ainda está sendo investigada. As empresas estão trabalhando para restaurar a energia "o mais rápido possível", disse Huber.

A produção foi interrompida em grandes minas de cobre no norte do país. O Chile é o maior produtor de cobre do mundo. De acordo com uma fonte, também houve queda de energia na maior mina de cobre do mundo, Escondida. A empresa estatal de cobre Codelco anunciou que todas as suas minas foram afetadas. As minas de cobre em Chuquicamata, Andina, Salvador e El Teniente estão sem eletricidade, enquanto as minas restantes continuam operando parcialmente com geradores de emergência. As empresas Antofagasta e Anglo American disseram que continuariam operando suas minas com geradores de emergência.