Nenhum sinal de distensão entre Irã e Israel
Segundo a mídia local, pelo menos mais duas pessoas foram mortas em recentes ataques com mísseis iranianos em Israel. Um foguete atingiu um prédio residencial em Rishon Lezion, ao sul de Tel Aviv, segundo o jornal Times of Israel. Além das duas mortes, muitas outras pessoas ficaram feridas. Sirenes de ataque aéreo foram acionadas em várias partes do país.
As forças armadas declararam ter interceptado vários drones. Conseguiram enfraquecer significativamente as defesas aéreas iranianas, facilitando suas próprias operações sobre o território da República Islâmica. Segundo fontes palestinas, cinco pessoas ficaram feridas pela queda de destroços perto da cidade de Hebron, na Cisjordânia ocupada.
Feridos também na JordâniaA Jordânia também relatou vários feridos causados por destroços. Na cidade de Irbid, no norte da Jordânia, três pessoas foram hospitalizadas após a queda de um "objeto desconhecido" sobre sua casa, informou a Direção-Geral de Segurança Nacional. A Jordânia estava envolvida na defesa contra mísseis iranianos direcionados a Israel.
O Ministro da Defesa israelense, Israel Katz, declarou que o Líder Supremo do Irã, o Aiatolá Ali Khamenei, mantém os cidadãos de seu país como reféns. Eles devem pagar um alto preço pelos danos que o Irã inflige aos civis israelenses. Se a República Islâmica continuar a disparar foguetes contra Israel , "Teerã queimará", alertou Katz em um comunicado.
Ataques em áreas densamente povoadasO Irã já havia lançado várias ondas de ataques com mísseis balísticos contra Israel. De acordo com o serviço de ambulância israelense Magen David Adom, pelo menos 34 pessoas foram levadas a hospitais após as duas primeiras ondas de ataques, que atingiram os arredores da densamente povoada metrópole costeira de Tel Aviv. Uma mulher de 60 anos, gravemente ferida nesses ataques, faleceu.
Segundo a mídia estatal iraniana, um ataque israelense a um complexo residencial em Teerã matou aproximadamente 60 pessoas. Entre as vítimas, havia crianças. Um hangar contendo vários caças foi atingido no Aeroporto de Mehrabad, perto da capital.
O aeroporto está localizado perto de importantes centros de liderança iraniana e abriga uma base aérea. É usado principalmente para voos domésticos e serve como base para a frota do governo. O Aeroporto Internacional Imam Khomeini está localizado a aproximadamente 30 quilômetros a sudoeste da capital.
As bases militares dos mulás na miraImpactos também foram relatados na cidade de Tabriz, no noroeste, e em partes das regiões ocidentais de Lorestão, Hamedan e Kermanshah. Essas áreas abrigam importantes bases militares iranianas.
Embora o Irã alegue ter abatido um caça israelense moderno, Israel não confirmou isso. A aeronave supostamente era um F-35; o avião caiu no oeste do país, segundo a rádio estatal. O Irã já havia relatado a derrubada de vários caças na sexta-feira. O exército israelense inicialmente negou os relatos.
No entanto, as Forças Armadas confirmaram um incidente no qual sete soldados israelenses ficaram feridos quando um foguete atingiu o centro do país na noite de sábado. Eles foram levados a um hospital para tratamento médico e depois liberados para casa.
Enquanto isso, Teerã anunciou a morte de mais dois generais. O vice-chefe do Departamento de Inteligência do Estado-Maior, Gholamresa Mehrabi, e o vice-chefe de Operações, Mehdi Rabani, foram vítimas de bombardeios israelenses. Isso eleva para oito o número total de mortes confirmadas entre a liderança militar iraniana.
Irã ameaça potências ocidentais com violênciaDe acordo com diversos relatos da mídia iraniana, a liderança em Teerã ameaçou os Estados Unidos , a França e a Grã-Bretanha com retaliação militar caso apoiassem Israel na defesa contra mísseis iranianos . Possíveis alvos foram mencionados como bases militares regionais dos países, bem como navios no Golfo Pérsico e no Mar Vermelho.
Israel lançou um grande ataque ao Irã na noite de sexta-feira. Segundo o embaixador iraniano na ONU, Amir Irawani, 78 pessoas foram mortas e centenas ficaram feridas na primeira onda de ataques.
Os ataques tiveram como alvo instalações nucleares e militares. Altos comandantes militares da República Islâmica, incluindo o chefe da poderosa Guarda Revolucionária, e vários cientistas nucleares também foram mortos.
Netanyahu apela aos iranianos para derrubarem o regimeO primeiro-ministro israelense , Benjamin Netanyahu, afirmou em um discurso televisionado que esta foi "uma das maiores operações militares" da história de seu país e que os ataques continuariam nos próximos dias. Ao mesmo tempo, Netanyahu apelou ao povo iraniano para se levantar contra o "regime perverso e opressor" de Teerã.
O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, pediu a ambos os lados que exercessem moderação. "Chega de escalada. É hora de parar. A paz e a diplomacia devem prevalecer", disse Guterres.
O presidente dos EUA , Donald Trump , e o primeiro-ministro britânico , Keir Starmer, também discutiram o conflito. Ambos concordaram com "a importância da diplomacia e do diálogo", anunciou o governo em Londres. Starmer também reiterou "a grave preocupação do Reino Unido com os programas nucleares do Irã".
O Papa Leão XIV pediu às partes em conflito que demonstrassem "responsabilidade e razão". O chefe da Igreja Católica também pediu diálogo.
Israel: O tempo está passandoIsrael justifica seus ataques com as avançadas atividades nucleares do Irã. Agências de inteligência forneceram evidências de que Teerã poderia enriquecer urânio radioativo a níveis militares e construir uma bomba nuclear "em um curto espaço de tempo", afirmou. O Irã nega tal intenção.
No final de maio, porém, foi divulgado um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), segundo o qual a República Islâmica havia aumentado significativamente seu estoque de urânio enriquecido para 60% nos últimos meses. Um nível de enriquecimento de aproximadamente 90% é necessário para construir armas nucleares.
As delegações andam em círculosOs Estados Unidos e o Irã vêm negociando o programa nuclear há cerca de dois meses, mas recentemente não houve progresso perceptível. Uma nova rodada de negociações estava originalmente marcada para domingo; não se sabe se ela ocorrerá. Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores em Teerã disse que o governo não vê mais sentido nas negociações. Ainda não houve cancelamento oficial.
Israel sente sua própria existência ameaçada pelo Irã há décadas. A liderança em Teerã tem repetidamente clamado pela destruição de Israel.
O Irã atacou Israel pela primeira vez diretamente de seu território com mais de 300 foguetes e drones em abril de 2024. O regime em Teerã também apoia milícias islâmicas militantes na região que realizam ataques contra Israel, incluindo o Hamas na Faixa de Gaza , o Hezbollah no Líbano e os rebeldes Houthi no Iêmen.
jj/AR/wa (dpa, afp, rtr, ap)
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