Trump sobre acordo de matérias-primas: dá à Ucrânia “o direito de continuar lutando”
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De acordo com relatos consistentes da mídia, os Estados Unidos e a Ucrânia chegaram a um acordo sobre a exploração de matérias-primas ucranianas , incluindo terras raras, que são usadas, entre outras coisas, na produção de armas e eletrônicos. Quando questionado por repórteres na Casa Branca sobre o que o acordo implica, Donald Trump não confirmou diretamente que um acordo havia sido alcançado, mas disse que em troca a Ucrânia receberia "o direito de continuar lutando".
Quando perguntado sobre o que a Ucrânia receberia com o acordo, o presidente dos EUA respondeu especificamente: “350 bilhões de dólares e muito equipamento militar, o direito de continuar lutando”. Ele então acrescentou: "Vejam, os ucranianos são muito corajosos e bons soldados, mas sem os Estados Unidos, seu dinheiro e equipamento militar, essa guerra teria acabado em muito pouco tempo." Trump também se referiu a entregas anteriores de armas feitas pelos EUA sob o governo de seu antecessor Joe Biden. Ele “jogou dinheiro por aí como se fosse algodão doce”, disse Trump. “Queremos esse dinheiro de volta.”
Ainda não há confirmação oficial do acordo de matérias-primas. A assinatura pode ocorrer já nesta sexta-feira: o presidente ucranianoVolodymyr Zelenskyy deve viajar para Washington nessa data, anunciou Trump. "Ouvi dizer que ele quer vir na sexta-feira, mas para mim está tudo bem se ele quiser", disse ele.
Relatórios: Acordo de matérias-primas não inclui garantias de segurança para a UcrâniaO portal da Internet “Ukrajinska Pravda” informou que houve um novo acordo sobre o acesso dos EUA às matérias-primas na Ucrânia. Além das terras raras, que são importantes para produtos de alta tecnologia, a questão também é sobre o acesso dos EUA ao petróleo e gás ucranianos. De acordo com uma autoridade do governo ucraniano, o acordo, que aparentemente está prestes a ser concluído, prevê que as receitas sejam destinadas a um fundo EUA-Ucrânia administrado em conjunto por Washington e Kiev.
O “Financial Times” britânico também noticiou um acordo entre ambas as partes. Segundo relatos, a versão supostamente pronta para assinatura não menciona mais as garantias de segurança dos EUA, nas quais o governo ucraniano vinha repetidamente insistindo recentemente.
Houve um debate acalorado sobre o acordo nos últimos dias porque o presidente ucraniano inicialmente se recusou a assiná-lo. Zelensky rejeitou o primeiro rascunho dos EUA de um acordo sobre matérias-primas. Acima de tudo, ele insistiu em garantias de segurança dos EUA. No domingo, ele reiterou que não assinaria um contrato pelo qual “dez gerações de ucranianos” teriam que pagar. (com AFP)
Berliner-zeitung