A nova Copa do Mundo: vale a pena tentar

Para evitar sentir-se muito cansado depois de viajar para um fuso horário diferente, a internet recomenda, entre outras coisas: nunca ceda ao seu relógio biológico. Nunca vá para a cama só porque o seu relógio biológico diz que é hora de dormir. É melhor ajustar sua rotina de sono ao novo horário local na primeira noite.
E é por isso que estou sentado à escrivaninha de um quarto de hotel escrevendo esta coluna. Meu relógio biológico ainda marca o horário alemão, quase 4h da manhã. Já faz algumas horas, porém, que estou no horário da Costa Leste dos EUA. E, segundo ele, ainda não são nem 22h.
Então, minha aventura no Mundial de Clubes começou na quinta-feira com uma viagem a Miami, Flórida. No sábado, teremos a partida de abertura entre Inter Miami e Al-Ahly, no Cairo. Será que essa nova competição é uma boa ideia? Só o tempo dirá. Meu medo é que os clubes europeus sejam tão claramente superiores aos seus concorrentes do resto do mundo que as quartas de final do Mundial de Clubes pareçam as da Liga dos Campeões.
Mesmo assim, estou animado com as próximas semanas. O apelo do torneio reside no fato de que os maiores clubes da Europa competirão contra clubes cujos nomes evocam grandes mitos: o Borussia Dortmund, por exemplo, estreia na terça-feira contra o Fluminense, enquanto o Bayern de Munique enfrentará o Boca Juniors na segunda partida da fase de grupos.
Ouvi essa comparação várias vezes ultimamente, e é verdade: o Mundial de Clubes é como montar o torneio dos seus sonhos no seu console. Agora, esse torneio está acontecendo na vida real. Vale a pena tentar.
rnd