O ataque heróico de Gwinn a joga no vale das lágrimas e muda tudo no estádio

O 36º minuto de jogo simplesmente mudou tudo. Até então, a Alemanha vinha sendo superior, confiante e dominante. A torcida gritava alto, incentivando o time a ir para o ataque. Então Giulia Gwinn entrou em campo. A capitã alemã fez uma defesa, deitou-se e chorou.

Segundos antes da defesa de Gwinn, a Alemanha não conseguiu afastar um escanteio. A bola caiu nos pés da capitã e artilheira polonesa, Ewa Pajor. A atacante do FC Barcelona tinha caminho livre, mas então Gwinn voou para dentro. Com uma entrada incrível, ela impediu a jogadora polonesa de chutar – e então ficou lá, sofrendo.

O estádio já está prendendo a respiração. Mas, após um breve tratamento, tudo parece estar bem. A goleira Ann-Kathrin Berger sussurra algo em seu ouvido enquanto Gwinn sai do campo ao lado do gol e caminha até a linha do meio-campo com os dois técnicos. Lá, ela retorna ao campo – e a torcida alemã comemora.

Mas menos de um minuto depois, Gwinn está de volta ao chão, com as mãos no rosto – e o estádio fica em silêncio novamente. Quando Gwinn cai, algo sério acontece. Seu joelho, de novo. A capitã alemã já rompeu o ligamento cruzado duas vezes, uma à direita e outra à esquerda. É o proverbial calcanhar de Aquiles da capitã – e ela ainda tem apenas 25 anos.

Quando Gwinn se levanta, Lea Schüller a abraça. O estádio ainda está tomado por um choque paralisante. Ninguém quer acreditar que a capitã da Alemanha realmente precisa ir embora.

Só quando ela entrega a braçadeira a Schüller é que ela se torna irrevogável. Gwinn deixa o campo após 40 minutos. E então o estádio acorda e aplaude Gwinn. E ela tem lágrimas nos olhos. Por causa da lesão, da dor — mas certamente também porque os torcedores alemães estão sofrendo com ela.