Novo fechamento de fronteira para gado mexicano: exagero?

O novo fechamento da fronteira dos Estados Unidos para exportações de gado mexicano é uma notícia terrível para os fazendeiros mexicanos que comemoraram a abertura gradual da fronteira que começou esta semana.
A Secretária de Agricultura dos EUA, Brooke Rollins, anunciou unilateralmente o novo fechamento da fronteira na tarde de quarta-feira, depois que o governo mexicano reconheceu um novo surto de bicheira em Veracruz.
Criadores de gado mexicanos insistem que o fechamento da fronteira é injusto, pois surtos de bicheira são registrados apenas no sudeste do país, mas não nos estados do norte. Além disso, medidas de supervisão mais rigorosas foram adotadas pelas autoridades sanitárias do México e dos Estados Unidos para garantir que o gado vivo exportado esteja livre da praga. Também estão sendo feitos progressos na produção de moscas estéreis na fábrica em Chiapas, no Panamá, e em uma nova fábrica a ser construída no Texas.
Uma opção para o México é ameaçar os Estados Unidos com a proibição das importações de frango, mesmo de estados livres da gripe aviária.
A presidente Claudia Sheinbaum chamou o novo fechamento da fronteira de "medida exagerada", mas Brooke Roolins insiste que sua prioridade é prevenir um surto de bicheira nos Estados Unidos.
Os preços da carne e do tomate aumentarão nos Estados Unidos.
A única chance de Rollins ceder à abertura parcial da fronteira é a pressão dos consumidores americanos. De acordo com a Perspectiva de Preços de Alimentos do Departamento de Agricultura dos EUA, os preços da carne bovina subiram mais de 8% entre março e abril deste ano e continuarão subindo se as importações mexicanas de gado não forem reabertas.
Ainda não há acordo com organizações de produtores dos Estados Unidos e do México para renovar o acordo antidumping por mais cinco anos e evitar tarifas de 21% sobre as importações de tomate mexicano.
Como já informamos, o prazo para chegar a um acordo expira nesta segunda-feira, caso contrário, as tarifas sobre os tomates mexicanos começariam na próxima terça-feira.
Os consumidores americanos também serão os mais afetados, já que mais de 70% dos tomates que consomem são importados, e os tomates mexicanos representam mais de 90% do total importado. Portanto, os preços do tomate e de produtos como o ketchup aumentarão, impactando a inflação.
CiBanco, Intercam e Vector continuam ameaçados.
A extensão de 45 dias concedida pelo Departamento do Tesouro para aplicar sanções ao CiBanco, Intercam e Vector, acusados de operações de lavagem de dinheiro, representa uma lufada de ar fresco não apenas para os três intermediários, mas também para as autoridades mexicanas.
Em princípio — a menos que haja outra extensão — os intermediários financeiros dos EUA não poderão realizar transações com CiBanco, Intercam e Vector até setembro.
No entanto, eles continuam sob pressão devido à intervenção da gerência, à perda de confiança dos clientes e ao fato de vários intermediários nos Estados Unidos já terem cancelado suas operações com os três antes da extensão.
Além disso, CiBanco e Intercam perderam seus negócios fiduciários, que serão transferidos para a Nacional Financiera e Banobras, e posteriormente devolvidos a outros bancos e corretoras.
A decisão do Tesouro demonstra um bom relacionamento com o Ministério da Fazenda e que não haverá outros bancos mexicanos, como insiste Emilio Romano, presidente do ABM.
Medição da pobreza e avaliação de programas sociais
Cinco organizações do setor privado uniram forças para criar um Consórcio de Mensuração e Evidência, que não apenas medirá a pobreza, mas também avaliará os programas sociais implementados anteriormente pelo Coneval.
O Instituto de Pesquisa em Desenvolvimento Equitativo (Equide) da Universidade Ibero-Americana; México Avalia; México: Como Estamos?; o Centro de Estudos Espinosa Yglesias (CEEY); o Instituto Mexicano para a Competitividade (IMCO); e Ação Cidadã Contra a Pobreza são membros do Consórcio e anunciaram que trabalharão em coordenação com o Instituto Nacional de Estatística e Geografia (INEGI).
Assim como o Coneval, o Consórcio usará a Pesquisa Nacional de Renda e Despesa Domiciliar (ENIGH) como base para mensurar a pobreza e avaliar programas sociais.
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