Primeiro-ministro espanhol diz que 'ainda há horas difíceis' no combate aos incêndios florestais

"Peço à mídia, e também aos cidadãos, que tenham extrema cautela, que não baixem a guarda. Momentos críticos permanecem, horas difíceis permanecem", disse ele durante uma visita à região ocidental da Extremadura, duramente atingida.

Após 16 dias de calor escaldante, chegando a 40°C em muitas partes da Espanha, terça-feira registrou temperaturas mais baixas e maior umidade do ar em todo o país.

As melhores condições climáticas deram aos bombeiros uma vantagem na batalha contra os grandes incêndios que devastam o oeste da Espanha e queimaram mais de 100.000 hectares (quase 250.000 acres) em menos de duas semanas.

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Cerca de 373.000 hectares foram queimados na Espanha este ano, de acordo com o Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais.

Isso marca a pior temporada de incêndios do país desde que os registros começaram em 2006, superando 2022, quando 306.000 hectares foram consumidos pelas chamas.

Um bombeiro morreu em um acidente de trânsito na Espanha no domingo, elevando o número de mortos nos incêndios para quatro.

A visita de terça-feira foi a segunda de Sánchez às áreas afetadas, após uma viagem semelhante no domingo.

Em ambas as aparições, ele pediu um "pacto estatal para enfrentar a emergência climática", enfatizando a crescente gravidade das crises relacionadas ao clima.

"A cada ano a emergência climática piora, a cada ano ela se torna mais recorrente e a cada ano seus efeitos se aceleram", disse ele.

Cientistas dizem que as mudanças climáticas estão piorando a frequência e a intensidade do calor e da seca em partes da Europa, tornando a região mais vulnerável a incêndios florestais.

Ao diminuir a umidade do ar, da vegetação e do solo, e reduzir o limite no qual os materiais se inflamam, as ondas de calor transformam a vegetação em combustível altamente inflamável, tornando os incêndios florestais ainda mais difíceis de controlar e extinguir.