Connie Francis, a cantora viral de "Pretty Little Baby", morre 63 anos depois.

Connie Francis , lenda do folk americano e a primeira mulher a chegar ao número 1 na parada Billboard Hot 100, morreu aos 87 anos, duas semanas após ser revelado que ela havia sido hospitalizada devido a "dor extrema".

Ron Roberts, amigo próximo de Francis e presidente de sua gravadora, a Concetta Records, confirmou a notícia no Facebook na manhã de quinta-feira, 17 de julho: "É com pesar e extrema tristeza que informo o falecimento da minha querida amiga Connie Francis na noite passada. Sei que Connie aprovaria que seus fãs estivessem entre os primeiros a saber desta triste notícia. Mais detalhes em breve", concluiu a mensagem, que também foi compartilhada no perfil oficial de Francis no Facebook.

A artista revelou que estava "de volta ao hospital" em 2 de julho , dizendo aos fãs que estava "passando por exames e check-ups para determinar a causa da dor extrema que vinha sentindo". Dois dias depois, ela escreveu no Facebook que estava "se sentindo muito melhor depois de uma boa noite", mas sua saúde piorou desde então, e ela acabou falecendo.

Francis ganhou as manchetes recentemente porque sua música "Pretty Little Baby", de 1962, traduzida como "Linda Muchachita" na versão em espanhol, se tornou um grande sucesso viral no TikTok e no Instagram 63 anos após seu lançamento. "Para falar a verdade, eu nem lembrava da música!", disse ela à People ao saber o que estava acontecendo com seu antigo sucesso. "Tive que ouvir para lembrar. Pensar que uma música que gravei há 63 anos está tocando o coração de milhões de pessoas é realmente incrível. É uma sensação incrível."

Mas a carreira de Francis vai muito além dessa anedota. Ela foi uma das cantoras mais populares dos anos 1950 e início dos anos 1960 nos Estados Unidos , com singles no Top 10 como "Who's Sorry Now?", "My Heart Has A Mind Of Its Own", "Where the Boys Are" e "Don't Break The Heart That Loves You". A música que a tornou a primeira mulher a chegar ao topo da Billboard Hot 100 foi "Everybody's Somebody's Fool", em 1969, e ela teve mais dois sucessos número 1, com "My Heart Has A Mind Of Its Own" (que alcançou o topo apenas três meses depois de "Everybody's Somebody's Fool") e "Don't Break The Heart That Loves You".

Nascida Concetta Franconero em Newark, Nova Jersey, em 1937, a artista começou a participar de shows de talentos aos 4 anos , incentivada pelo pai, cantando e tocando acordeão. Mais tarde, começou a aparecer em programas de televisão e no programa Startime Kids, da NBC, onde escolheu o nome artístico Connie Francis.

Em 1955, ela assinou um contrato com a MGM Records, mas a maioria de seus primeiros singles não teve sucesso. Pouco antes de a gravadora a dispensar, seu pai sugeriu que ela gravasse uma versão de "Who's Sorry Now?" em 1957. Foi preciso muita persuasão, mas a partir daí a sorte começou a sorrir para ela. "Meu pai queria que eu gravasse uma música escrita em 1923. Eu disse: 'Esquece, os caras do American Bandstand vão rir de mim'. E ele respondeu: 'Se você não gravar essa música, sua boba, a única maneira de entrar no American Bandstand é se você se vir no reflexo da TV enquanto estiver sentada assistindo.'" Na verdade, a música só se tornou um sucesso quando ela a apresentou no American Bandstand, de Dick Clark, em 1958.

Ela se tornou uma estrela internacional graças às gravações de suas músicas em vários idiomas, vendendo quase 200 milhões de discos. Ela também apareceu em vários filmes na década de 1960, incluindo "Onde Vivem os Garotos", uma comédia romântica adolescente estrelada pelo jovem George Hamilton.

Mas, a partir da década de 1970, ela experimentou uma verdadeira descida ao inferno. Em 1974, foi estuprada em um quarto de motel em Long Island; três anos depois, passou por uma cirurgia nasal que lhe custou temporariamente a voz; e, em 1981, seu irmão George foi assassinado pela máfia.

No mesmo ano, ela retomou sua carreira, mas seus problemas de saúde mental a impediram. Seu pai a internou em vários hospitais psiquiátricos, e ela sobreviveu a uma tentativa de suicídio em 1984. No mesmo ano, ela publicou seu primeiro livro de memórias, "Who's Sorry Now?".

Durante os anos dourados de sua carreira, ela se envolveu romanticamente com o cantor Bobby Darin e, posteriormente, casou-se quatro vezes. Seu primeiro marido foi Dick Kanellis, com quem se casou em 1964, mas se divorciou cinco meses depois. Casou-se com Izzy Marion em 1971, mas o casamento não durou muito mais, pois se divorciaram dez meses depois. Joseph Garzilli foi seu próximo marido, em 1973, mas o casamento terminou em 1977. Seu último marido foi Bob Parkinson, com quem se casou em 1985, mas, novamente, o casamento durou apenas alguns meses.