Uma primeira edição de El Eternauta está sendo leiloada hoje: uma peça única com uma dedicatória original.

Com uma tendência internacional de sucesso em leilões de livros adaptados em séries ou filmes, uma primeira edição da história em quadrinhos El Eternauta , publicada de 1957 a 1959, lançada pelas Ediciones Récord em formato de livro em 1975, com uma dedicatória, manuscrita por seus autores Héctor Germán Oesterheld e Francisco Solano López , cuja versão seriada, na Netflix, é hoje um sucesso mundial, será leiloada hoje, sexta-feira, pela casa argentina Hilario, dedicada ao colecionismo de artes, letras e ofícios, por meio de seu site. Com um preço base de US$ 500, já existem ofertas por US$ 1.500.

A edição é de propriedade do avaliador e marchand Luis Cuello, que a comprou anos atrás junto com duas estatuetas de resina sobre bases de madeira de dois personagens, Juan Salvo, o protagonista, e El Mano , nenhum dos quais ultrapassa 20 centímetros de altura, criadas pelo escultor e designer Martín Canale. Livro e esculturas são vendidos juntos.

Cuello contou ao Clarín que até poucos dias atrás o exemplar estava em uma biblioteca de sua casa em Córdoba , cidade onde também vivia Antonio Salomón, o proprietário original e destinatário da bela dedicatória manuscrita: “Ele mora na cidade mais linda do terceiro planeta a partir da estrela Sol… Não sei se é um ser inteligente, mas ninguém conhece quadrinhos como ele em toda a galáxia… seu nome é Salomón.”

Em bom estado de conservação, com 350 páginas e capa dura , El Eternauta reúne todos os fascículos semanais publicados na Hora Cero . Na Argentina, o Dia dos Quadrinhos é comemorado em 4 de setembro, comemorando o lançamento do primeiro número desta revista.

A história do quadrinho, considerada a primeira graphic novel em espanhol, imagina uma invasão alienígena em Buenos Aires sob uma nevasca tóxica em pleno verão, é também um hino à amizade e se passa na década de 1950 do século XX, enquanto a série da Netflix, a mais assistida em língua não inglesa e a segunda no mundo, estrelada por Ricardo Darín, no papel de Juan Salvo, neste caso um veterano das Malvinas, se passa na década de 2020 do século XXI.