Recorde mexicano no All-Star Game

Quando Fernando Valenzuela eliminou cinco rebatedores consecutivos no All-Star Game de 1986 no Houston Astrodome — onde ele também jogou ao lado do compatriota mexicano Teodoro Higuera — o marco marcou um dos momentos mais brilhantes para os jogadores mexicanos da liga principal na história da Major League.

Agora, na 95ª edição do All-Star Game, que será realizada hoje no Truist Park, em Atlanta, o México continua seu forte momento no beisebol após sua eletrizante performance como semifinalista no World Baseball Classic, com um recorde de quatro jogadores nativos selecionados para o Midseason Classic, além de um cidadão naturalizado.

Com Alejandro Kirk, Jonathan Aranda, Andrés Muñoz e Isaac Paredes convocados, além do cubano naturalizado Randy Arozarena, uma das maiores estrelas do World Baseball Classic de 2023 vestindo o uniforme tricolor, o México atingiu novos patamares no melhor beisebol do mundo.

"É algo muito especial", disse Aranda, que está participando do primeiro Midseason Classic de sua carreira e agora é um dos 16 mexicanos a participar do All-Star Game desde a primeira aparição de Roberto Ávila em 1952 com o Cleveland Indians. "É algo muito bonito, um motivo de orgulho. Cada vez mais mexicanos estão chegando às Major Leagues, e isso torna tudo ainda mais especial."

Embora Paredes tenha decidido resolver um assunto familiar em vez de ir para Atlanta e participar de seu segundo All-Star Game consecutivo, o México está bem representado com Aranda, Kirk (segunda seleção), Muñoz (segunda seleção) e Arozarena (segunda seleção).

"Estou muito feliz por poder estar com os mexicanos neste evento", disse Kirk, um amigo de infância de Aranda, de Tijuana. "É um evento muito emocionante, não é? Para mim, é algo muito bonito, e estou orgulhoso de estar aqui."

Os números comprovam a seleção do grupo. Muñoz (ERA de 1,50, 26 defesas), Arozarena (17 home runs, OPS de 0,820), Aranda (OPS de 0,892, OPS+ de 151), Kirk (WAR de 3,0, 100º percentil em arremessos bloqueados, 94º em corredores de base pegos roubando a bola e 98º em enquadramento de strike) e Paredes (19 home runs, OPS de 0,826) são todos merecedores deste reconhecimento.

"Estou feliz por fazer parte dessa conquista que o México alcançou no beisebol", disse Arozarena, que obteve a cidadania mexicana após deixar Cuba em 2015. "Isso diz muito sobre o nível que o México alcançou no beisebol mundial."

De fato, o beisebol mexicano evoluiu muito desde os tempos de Ávila e Valenzuela, nas décadas de 1950 e 1980. E, como comentou Benjamín Gil, técnico da seleção mexicana no Clássico de 2023, os sucessos do México naquele torneio parecem ter marcado um "antes e um depois" para o esporte no país.

“O mais importante é que o beisebol está crescendo muito”, concluiu Arozarena.

Página 3