EUA: Tarifa de 30% iminente? Recessão no horizonte?

Uma recessão econômica está iminente no México, preveem analistas, como resultado da implementação iminente de uma tarifa de 30% sobre as exportações mexicanas para os Estados Unidos.

Esse seria o efeito que a já estagnada economia mexicana sentiria.

Os efeitos potenciais são múltiplos e todos preocupantes.

Isso levaria ao aumento de custos para os exportadores mexicanos, à consequente redução das exportações, ao impacto negativo nas cadeias de suprimentos, à pressão inflacionária no México devido à perda de competitividade das exportações e ao impacto na taxa de câmbio, o que aumentaria o custo dos produtos importados.

E se o México decidir responder com tarifas contra os Estados Unidos, as tensões comerciais aumentariam e afetariam ainda mais o comércio bilateral.

Nesta sexta-feira, 1º de agosto, chega ao fim a extensão de 90 dias que isentava a maioria dos produtos mexicanos exportados para os Estados Unidos do pagamento de tarifas. Até o momento, a equipe de negociação da presidente Claudia Sheinbaum, liderada pelo secretário de Economia, Marcelo Ebrard, não chegou a nenhum acordo.

Faltando quatro dias para o prazo final, a presidente mexicana Claudia Sheinbaum reiterou que ainda há tempo para chegar a um acordo com os EUA.

No dia anterior, durante o fim de semana, o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, disse que não haveria extensões ou novos períodos de carência para que as tarifas anunciadas entrassem em vigor.

A tarifa geral de 30% estabelecida pelo presidente Donald Trump provavelmente entrará em vigor.

Vale lembrar que o anúncio da nova tarifa foi feito pelo presidente dos EUA, com uma exigência que nada tem a ver com comércio.

Embora tenha incluído a questão do combate ao fentanil desde o início, o presidente dos EUA concentrou suas demandas nas últimas semanas em confrontar aberta e claramente as organizações criminosas.

A tarifa de 30% que ele anunciou contra o México veio acompanhada de um reconhecimento e de uma advertência. Ele reconheceu o progresso do México no combate ao fentanil. E, ao mesmo tempo, alertou sobre a falta de vontade do governo mexicano em confrontar os cartéis de drogas.

O anúncio foi feito pelo governo dos EUA no momento em que a equipe de negociação mexicana era apresentada.

O governo mexicano, ou seja, a delegação mexicana, descobriu justamente naquele momento.

Se a tarifa de 30% entrar em vigor, representará mais um golpe para o já enfraquecido acordo comercial trilateral, o Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA), a versão modificada do NAFTA.

A presidente mexicana Claudia Sheinbaum, após expressar confiança de que um acordo seria alcançado, disse na semana passada: "Procurarei Trump se necessário".

Até hoje, 29 de julho, estávamos a três dias do prazo final, e ou a presidente mexicana não precisou contatá-lo, ou não conseguiu uma resposta do presidente dos EUA.

As previsões anteriores, com a ameaça de uma tarifa de 25%, já eram muito sérias.

Com a tarifa aumentando para 30%, impactos negativos maiores são esperados.

Os setores industriais com maiores contrações serão: automotivo, mineração, farmacêutico e eletrônico.

Para a economia, o impacto tarifário pode se traduzir em recessão, perda de empregos, inflação e desvalorização do peso.

Tomara que não. No entanto, até o momento, ainda não está claro se um acordo com os EUA poderá ser alcançado. Veremos.

Vislumbres

Não é oficial. É um boato.

Maricarmen Bonilla será a nova Subsecretária de Finanças do Ministério das Finanças e Crédito Público.

Até o momento, Bonilla continua como chefe da Unidade de Crédito Público e Assuntos Internacionais.

Rodrigo Mariscal, do Planejamento Econômico, e Roberto Lazzeri, chefe do Gabinete da Secretaria, ainda estão sendo cogitados para o cargo.

Por enquanto, rumores no Palácio Nacional dizem que Bonilla pode ser o escolhido. Veremos.