Selecione o idioma

Portuguese

Down Icon

Selecione o país

Spain

Down Icon

Legislativo e indústria cinematográfica se reúnem para conversar

Legislativo e indústria cinematográfica se reúnem para conversar

Nesta quarta-feira, aconteceu no Senado e nos Estúdios Churubusco a primeira de duas sessões do "Fórum de Cultura e Cinema Mexicano em Cada Canto da República". A Comissão de Cultura do Senado reuniu os presidentes das comissões de Cultura, Turismo e Economia das câmaras estaduais, chefes das secretarias estaduais de Cultura e diversos representantes da indústria audiovisual do país, incluindo produtores, cineastas, exibidores, técnicos e profissionais do teatro. O evento tem como objetivo definir e padronizar as áreas de foco que precisam ser abordadas para fortalecer uma indústria cinematográfica atrativa e descentralizada.

Assim, após dar as boas-vindas aos convidados, a senadora Beatriz Mojica Morga, presidente da Comissão de Cultura, foi contundente: "É possível fazer do cinema uma força transformadora em todos os estados da República, hoje mais do que nunca, diante dos ataques dos Estados Unidos, diante das ameaças de impor tarifas à produção cinematográfica".

Por sua vez, a deputada Alma Lidia de la Vega, presidente da Comissão de Cultura e Cinematografia de San Lázaro, reconheceu que "é imperativo promover reformas legais e institucionais que fortaleçam o setor cinematográfico", acrescentando que "é essencial estabelecer mecanismos de financiamento mais robustos e equitativos que incluam subsídios, apoio financeiro, capital de risco, garantias e investimentos".

O diálogo está sendo estabelecido após inúmeras tentativas da indústria cinematográfica na última década de estabelecer as bases para uma visão política abrangente do poder legislativo, particularmente para desbloquear o processo de criação de uma nova lei cinematográfica e levar a reformas em leis relacionadas para alinhá-las com os requisitos técnicos, trabalhistas, artísticos e fiscais do cinema atual.

  • Apresentadores: o cineasta Roberto Fiesco; Daniela Alatorre, do Imcine; Raúl Figueroa, do Inegi, e Rosario Lara.
  • O México é um destino atraente para a indústria cinematográfica, mas mais incentivos são necessários para atrair investimentos estrangeiros, diz o recém-eleito chefe da Canacine.
Mais do que intenções, por onde começar?

"É necessário fortalecer e coordenar os atuais marcos regulatórios", disse Daniela Alatorre, diretora do Instituto Mexicano de Cinema (Imcine), que participou da reunião representando o Ministério da Cultura federal, mas, acima de tudo, enfatizou, como integrante da indústria cinematográfica.

E Alatorre continuou: “devemos promover leis de filmagem em cada estado que permitam a criação de comissões e escritórios de cinema que recebam produções grandes, médias e pequenas (…) hoje precisamos pensar em quais incentivos estaduais podem atrair maior produção e maior atividade cinematográfica, não como despesa, mas como investimento, porque está demonstrado em muitos países, inclusive em alguns estados, que pode gerar grande lucro”.

De incentivos, apoios e estados

Após a cerimônia de abertura no Senado, dois painéis foram realizados na tarde de quarta-feira. O primeiro contou com a presença de Claudia Patricia Santa-Ana Zaldívar, Diretora Geral de Relações com Estados e Municípios, representando o Ministério da Cultura; José Luis Paredes Pacho, diretor do Sistema Nacional de Criadores de Arte; e Georgina Salvador Almazán, Diretora de Desenvolvimento Regional e Municipal; assim como José Miguel Álvarez, diretor de Apoio à Produção Cinematográfica do Imcine.

O segundo painel contou com a presença de Daniela Alatorre, a já citada diretora do Imcine; Marina Stavenhagen, diretora da Biblioteca Nacional de Cinema; Cristián Calónico, diretor dos Estúdios Churubusco, e Dinorath Ramírez, diretor do Centro de Formação Cinematográfica (CCC).

Todos esses painelistas apresentaram os programas e planos de ação atualmente em vigor nas instituições ou departamentos que representam no Ministério da Cultura, em especial aqueles relacionados à sétima arte. Mas ainda mais notável é o feedback daqueles que não participaram da plataforma, mas viajaram do Senado da República até a parte sul da cidade, até o edifício Tlalpan, para participar da segunda parte do primeiro dia deste fórum.

A cineasta Ana Bárcenas Torres tomou a palavra para destacar que o principal problema da indústria é a distribuição: “É aí que está o gargalo, é aí que muitos filmes mexicanos de alta qualidade não chegam ao público (...) Quem está diagnosticando as conexões do público?”

Por sua vez, a Secretária de Cultura da Baixa Califórnia, Alma Delia Ábrego, questionou os atuais critérios de descentralização: "Refiro-me especificamente ao PAICE (Programa de Apoio à Infraestrutura Cultural nos Estados). Este é o momento certo para dizer que o PAICE, que em seu auge contava com 300 milhões de pesos, agora está significativamente reduzido, e as cinematecas continuam abrindo na Cidade do México. Desculpe, mas (com essas indicações) a descentralização continua sendo uma retórica política."

A resposta da autoridade da Baixa Califórnia à proposta veio de Claudia Santa-Ana Zalvídar, Diretora de Relações Culturais com Estados e Municípios, que explicou a situação e explicou à senadora María Kantún Can, que moderou o painel, a precária situação orçamentária para atividades culturais nos estados.

“Seria aconselhável continuar o diálogo, Senador, sobre a possibilidade de aumentar esses recursos. Para se ter uma ideia, atualmente temos apenas 50 milhões de pesos no PAICE, mas a demanda já atingiu 750 milhões de pesos, com base nas necessidades que os estados estão identificando como prioritárias (...) O ideal seria considerar um aumento em algum momento com base nas demandas dos estados e municípios, mas, ao mesmo tempo, que eles se comprometam a trabalhar em coordenação com a federação”, disse Zaldívar.

A esse respeito, o Secretário de Cultura da Baja California Sur, Víctor Hugo Caballero, declarou: "Os mecanismos parecem ter sido restringidos em vez de ampliados. Compartilho profundamente a necessidade de maior rigor na gestão dos recursos públicos, porque, de fato, em muitos daqueles tempos gloriosos também houve muito desperdício. É por isso que estamos profundamente comprometidos com a salvaguarda dos recursos públicos."

Por fim, foi realizado um terceiro painel intitulado "O impacto da produção, distribuição, promoção e exibição cinematográfica na economia local", com representantes de diversas associações de produção e realização cinematográfica, além do presidente da Câmara Nacional da Indústria Cinematográfica (Canacine), Mauricio Durán Ortega.

Nesta quinta-feira, o "Fórum de Cultura e Cinema Mexicano em Cada Canto da República" realiza sua segunda e última sessão.

Algumas das propostas do fórum
  • Promover reformas legais e institucionais
  • Mecanismos de financiamento mais equitativos
  • Gerar marcos regulatórios atuais
  • Promover leis de filmagem em todos os estados
  • Incentivos estatais para atrair maior produção
  • Aumento do fluxo orçamentário para entidades
  • Maior autorregulação dos recursos públicos
Eleconomista

Eleconomista

Notícias semelhantes

Todas as notícias
Animated ArrowAnimated ArrowAnimated Arrow