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Novo alerta de empresas de papel sobre possível monopólio no setor que pode aumentar preço de cadernos

Novo alerta de empresas de papel sobre possível monopólio no setor que pode aumentar preço de cadernos
Empresas que fabricam cadernos e produtos similares na Colômbia solicitaram com urgência ao Ministério do Comércio, Indústria e Turismo (MINCIT) que avalie e adote as medidas corretivas adequadas em resposta às informações errôneas fornecidas por Carvajal, que levaram à imposição de tarifas superiores a 20% sobre as importações de papel para fotocópia do Brasil.
Em um comunicado conjunto, a Coimpresores Bogotá — que representa mais de 81 PMEs somente em Bogotá —, a Codipacsa, o Grupo Papelero e a Industria Nacional Papelera (Inapel) indicaram que esta " decisão, que enganou o Governo, é o preâmbulo de outro processo em andamento no mesmo Ministério relacionado ao papel usado na fabricação de cadernos, embalagens e agendas, entre outros materiais escolares".
As empresas que alertam o governo sobre as consequências da imposição dessas tarifas alertam que "existe o risco de que a Carvajal monopolize todo o mercado de papel na Colômbia, excluindo as empresas que utilizam esse produto como matéria-prima no país", principalmente porque a empresa se recusa a vender-lhes papel, que é matéria-prima fundamental para a produção de cadernos, entre outros produtos escolares e de escritório.
Algo que a direção da Carvajal negou, afirmando que a empresa "vende para todos os players do mercado e não há discriminação nesse sentido", embora reconheça que está exportando mais porque , diante dos baixos preços dos produtos brasileiros, os compradores colombianos estão optando por eles, obrigando a empresa a buscar mercados alternativos.

As consequências que a suspensão do fechamento da Propal poderia ter na indústria de papel. Foto: Cortesia da Propal

As empresas reclamantes indicam que "o monopólio do papel terá um impacto direto nos custos das indústrias de impressão, embalagem, impressão e artes gráficas, incluindo cadernos escolares, onde 75% desse mercado é composto pelo segmento socioeconômico de baixa renda.
Eles também indicaram que na Colômbia são produzidos 120 milhões de cadernos, dos quais 90 milhões pertencem à categoria de cadernos econômicos (costurados com 100 folhas), portanto qualquer aumento no custo do papel é diretamente proporcional ao custo deste produto, pois este insumo corresponde a 80% do valor de sua fabricação, o que impactará na educação das classes menos favorecidas do país.
Medidas antidumping
Como você deve se lembrar, em 16 de maio, o Ministério da Indústria e Comércio (MINCIT) impôs direitos antidumping definitivos sobre o papel para fotocópia importado do Brasil. A medida, que vigorará por um período de cinco anos, obriga as importações do produto em questão a pagar direitos antidumping na forma de impostos ad valorem de 21,78%, 22,62% e 30,30%.
"Os direitos antidumping impostos se limitam a combater as práticas desleais identificadas, a fim de alcançar condições equitativas no mercado interno", afirmou o Ministério na ocasião em que anunciou a decisão.
No entanto, as empresas que pedem ao governo que aborde essa questão e possíveis novas medidas nesse sentido ressaltam que "a imposição de tarifas colocaria em risco mais de 10.000 empregos diretos na Colômbia e afetaria cooperativas e centenas de PMEs".
E acrescentam que, num mercado, o maior produtor define o preço, que na Colômbia é o Carvajal, tanto nas resmas de papel como nos cadernos. Por isso, alertam que a empresa em questão "oferece o produto a preços altíssimos aos concorrentes de suas próprias distribuidoras, obrigando-as a importar papel do Brasil para sobreviver", apontam.
eltiempo

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