Números oficiais de roubos não refletem a realidade, dizem caminhoneiros

A Associação Nacional do Transporte Privado (ANTP) e a Câmara Nacional do Transporte de Cargas (Canacar) acreditam que é preciso rever a forma como a Secretaria Executiva do Sistema Nacional de Segurança Pública notifica os roubos contra transportadores, pois os números deste ano mostram uma queda que não condiz com a realidade, que se tornou ainda mais violenta.
Segundo dados de maio passado, houve 505 roubos no México, 26% a menos que no ano anterior (o número acumulado de janeiro a maio foi 22% menor que no mesmo período de 2024, de 3.415 para 2.653).
No contexto do 25º Fórum Nacional de Transporte de Cargas, o presidente executivo da ANTP, Leonardo Gómez, enfatizou que, juntamente com seus membros, entre eles Pepsico, Bimbo, Femsa, Alpura, DACERO e La Corona, têm sido feitos esforços para prevenir o crime mencionado, usando a tecnologia, por exemplo, mas não têm sido suficientes.
“Toda vez que pergunto aos transportadores que nos atendem ou aos nossos parceiros sobre roubo, eles dizem que não, que a taxa continua alta e, infelizmente, está se tornando mais violenta. No entanto, as estatísticas fornecidas pelas autoridades estão lá. Não queremos dizer que estejam incorretas; o que pedimos é que revisemos como cada tipo de incidente está sendo classificado, porque quando uma pessoa morre, não é classificado como roubo, mas como algo diferente de roubo. Talvez isso esteja mudando as estatísticas”, disse ele.
Na sua perspectiva, o bom relacionamento atual com as autoridades em vários níveis de governo permitirá que o problema seja enfrentado adequadamente. "Temos uma incidência de furtos internos, o que indica que não corresponde à redução relatada pelas autoridades. Outros órgãos especializados também relatam que os furtos estão aumentando, por isso é necessário demonstrar a realidade desse problema com fatos e dados", acrescentou Leonardo Gómez.
Canacar relata mais violência
Por sua vez, o presidente da Canacar, Miguel Ángel Martínez, considerou que os dados que mostram uma queda no roubo de caminhões em todo o país não são "uma notícia" para seus associados, pois eles persistem e estão se tornando cada vez mais violentos, ameaçando a segurança dos motoristas de caminhão.
Os estados do país onde os roubos são mais prevalentes são: Estado do México, Puebla, Guanajuato, Jalisco, San Luis Potosí, Michoacán, Querétaro, Hidalgo, Veracruz e Tlaxcala.
O presidente executivo da ANTP, Leonardo Gómez, disse que esforços foram feitos para prevenir crimes usando tecnologia, mas não foram suficientes.
Eleconomista