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O Judiciário decidiu a favor das autoridades em 49% dos casos tributários desde 2019.

O Judiciário decidiu a favor das autoridades em 49% dos casos tributários desde 2019.

O Judiciário decidiu a favor da autoridade tributária de 2019 a março de 2025 em 49% dos casos tributários resolvidos em processo definitivo, segundo informações oficiais.

De acordo com os relatórios do Ministério da Fazenda e Crédito Público ao Congresso da União, de janeiro de 2019 a março de 2025, 111.521 processos fiscais envolvendo 1,077 trilhão de pesos foram resolvidos em processos finais.

Desse total, o Tesouro Federal obteve ganho de 54.918 ações judiciais, totalizando 762,549 bilhões de pesos, o que representa 49% do total de ações judiciais e 71% de todo o capital em disputa.

Em 42.919 ações judiciais, o judiciário decidiu a favor dos contribuintes, o que fez com que o tesouro federal perdesse, em casos em que 262,577 bilhões de pesos estavam sendo disputados.

Além disso, no mesmo período, as decisões judiciais finais declararam nulas 13.684 ações judiciais, totalizando 52,327 bilhões de pesos.

Uma decisão de nulidade significa que o Tesouro retém a autoridade para determinar e, quando apropriado, cobrar os créditos contestados por meio de um processo de amparo indireto perante o Poder Judiciário Federal (PJF).

A presidente Claudia Sheinbaum garantiu que os contribuintes podem confiar que o novo judiciário que surgiu das eleições de 1º de junho "será muito melhor do que o que existe hoje".

As declarações da presidente Claudia Sheinbaum ocorrem no momento em que o atual Supremo Tribunal de Justiça (STJ) continua em seus últimos meses, e terá que resolver diversas disputas sobre restituição de impostos corporativos antes de ser renovado com os novos ministros eleitos.

“(Juízes, magistrados e ministros eleitos) têm a responsabilidade de agir dentro da lei; não como agora, com suas exceções, na verdade (...) onde, em geral, há muita corrupção, para simplificar”, declarou o presidente Sheinbaum em 12 de junho.

Juvenal Lobato, professor de direito tributário da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), afirmou que o fato de o fisco ter vencido uma ação judicial não significa necessariamente que ele irá cobrar os créditos tributários, pois ainda precisa fazer a cobrança.

"O contribuinte pode recorrer a tribunais internacionais para contestar a decisão, ou a empresa pode não ter mais dinheiro quando o julgamento terminar", explicou.

Tribunal irá adiar 65 questões fiscais

O Tribunal Superior de Justiça da Nação (TSJN) aprovou o pedido do governo federal para adiar a resolução de uma disputa sobre recursos de cassação até a posse do Tribunal resultante das eleições judiciais realizadas em 1º de junho.

Trata-se de uma resolução que a Fazenda e a Assessoria Jurídica do Executivo Federal haviam solicitado que fosse adiada até a posse do novo Tribunal. Ela impactará até 65 questões tributárias relacionadas ao pagamento de impostos por grandes empresas.

Além disso, na próxima terça-feira, o plenário votará a proposta do ministro Batres de que as questões fiscais em tramitação nas duas casas do Tribunal sejam votadas em sessão plenária, de forma transparente e pública.

Especialistas no assunto ressaltam que só porque o fisco ganhou uma ação judicial não significa necessariamente que ele poderá receber os créditos tributários.

Eleconomista

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