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Rota da Seda: os principais vendedores da Colômbia para a China, que representam apenas um décimo das compras.

Rota da Seda: os principais vendedores da Colômbia para a China, que representam apenas um décimo das compras.
Em 12 de maio , o presidente Gustavo Petro anunciou que a Colômbia assinaria sua adesão à Rota da Seda da China, uma decisão que levantou várias questões no país por parecer inadequada.
A Rota da Seda é uma estratégia global promovida pela China desde 2013, que busca melhorar a conectividade e a cooperação entre Ásia, Europa, África e América Latina por meio de projetos de infraestrutura, comércio, investimento e inovação tecnológica.
No entanto, o presidente da Andi, Bruce Mac Master, afirma que é um "grande erro" da Colômbia tomar essa decisão porque as indústrias nacionais "estão em perigo".

Presidente Gustavo Petro durante sua visita oficial à China. Foto: Juan Diego Cano. Presidência

A China é o maior produtor industrial do mundo e se destaca na fabricação de automóveis, motocicletas, baterias e plásticos, por exemplo. E é por isso que as indústrias colombianas podem estar em risco.
"Se você tiver que competir com uma indústria que tem condições diferentes e é desse porte, ela quase certamente acabará desaparecendo. Essa é a grande preocupação no caso colombiano", disse Bruce MacMaster.
Nesse sentido, é questionável se a Colômbia conseguirá manter sua indústria, empregos e economia se produtos fabricados em condições questionáveis ​​em muitos países ao redor do mundo vierem a ser importados para o país.
"É importante lembrar que a China tem o maior número de investigações de comércio desleal nos Estados Unidos, mas também na Colômbia e em outros países", disse o presidente da Andi.

China e Estados Unidos chegaram a uma trégua de 90 dias na guerra tarifária. Foto: Arquivo EL TIEMPO / Agências

Outra preocupação sobre a entrada da Colômbia na Rota da Seda é que essa decisão pode ser considerada uma "provocação desnecessária" aos Estados Unidos, seu principal parceiro comercial, que atualmente está envolvido em uma guerra tarifária com a China.
Enquanto os Estados Unidos compraram mais de US$ 14,3 bilhões em produtos da Colômbia em 2024, as exportações para a China totalizaram apenas US$ 2,377 bilhões.
Enquanto isso, nos primeiros meses de 2025 (janeiro a março), US$ 505 milhões em produtos foram exportados para o gigante asiático, em comparação com US$ 3,58 bilhões vendidos para os Estados Unidos.
A Colômbia vendeu mais petróleo para a China neste ano, no valor de mais de US$ 312 milhões. Em seguida, vêm as exportações de ferro fundido, ferro e aço, no valor de US$ 52,7 milhões.

Foto: Jaime Moreno/Arquivo EL TIEMPO

Outros produtos exportados para a China são:
  • Metais e suas manufaturas: US$ 43,2 milhões
  • Café, chá e especiarias: US$ 38,2 milhões
  • Frutas comestíveis: US$ 7,7 milhões
  • Minerais: US$ 2,8 milhões
  • Vestuário: US$ 1,69 milhão
  • Produtos químicos: US$ 1,4 milhão
  • Plantas e produtos de floricultura: US$ 1,09 milhão
  • Máquinas elétricas: $ 989.000
  • Couro e produtos de couro: $ 317.000
  • Materiais plásticos: US$ 227.000
  • Peixe: US$ 144.000
  • Açúcares e confeitaria: $ 114.000
  • Têxteis: US$ 15.000
  • Veículos: $ 5.000
  • Papel e produtos de papel: US$ 1.000

Foto: Getty Images

Em relação às importações, o cenário é completamente diferente, já que neste ano a Colômbia comprou quase 10 vezes o que vendeu da China, segundo dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (DANE).
Enquanto as exportações para o gigante asiático totalizaram US$ 302 milhões entre janeiro e fevereiro, as importações totalizaram US$ 2,937 bilhões, principalmente de:
  • Smartphones: US$ 233 milhões
  • Computadores: US$ 133 milhões
  • Painéis solares: US$ 52,8 milhões
  • Motocicletas: US$ 48,1 milhões
  • Equipamentos de telecomunicações atuais da operadora ou telecomunicações digitais: US$ 34,7 milhões
Em 2024, a Colômbia exportou apenas US$ 2,377 bilhões para a China, enquanto importou US$ 15,936 bilhões, resultando em um saldo comercial negativo de mais de US$ 13,5 bilhões.

Foto: Fornecida

Javier Díaz, presidente da Associação Nacional de Comércio Exterior (Analdex), disse que essa situação pode afetar as relações de exportação da Colômbia, bem como seus mecanismos de defesa comercial.
"A China está interessada em suas exportações, mas não está claro o que ganhamos com essa iniciativa. O país asiático compra principalmente matérias-primas, petróleo, carvão e ferroníquel, e teríamos que analisar o que eles estão oferecendo. Por exemplo, o café está sujeito a tarifas e não sabemos como será tratado", disse ele.
Além disso, ele enfatizou que a admissibilidade de produtos agrícolas colombianos neste país tem sido muito complicada, então este deve ser um ponto a ser revisto antes de entrar na Rota da Seda.
eltiempo

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