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Uma concessão fantasma

Uma concessão fantasma

Após decidir, junto com Sergio Samaniego, sobre o cancelamento do NAIM (Instituto Nacional de Imigração e Alfândega) e a transferência do Aeroporto Internacional da Cidade do México para Santa Lucía, Javier Jiménez Espriú tornou-se o primeiro Secretário de Comunicações e Transportes da Quarta Transformação.

A equipe selecionada por Andrés Manuel López Obrador para executar seu plano de infraestrutura — que incluía, em sua primeira fase, a refinaria Dos Bocas, o AIFA (Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrícola) e o Trem Maia — envolveu outras figuras. Alguns, colaboradores remotos como Jorge Arganis. Outros, recrutados ao longo do caminho, apesar de seu passado neoliberal, como Jorge Nuño Lara (graças a recomendações do alto comando militar) ou seu homônimo, Jorge Mendoza.

Arganiz iniciou o governo López Obrador como chefe da Pemex PTI (Infraestrutura de Desenvolvimento) e foi responsável pelo projeto executivo da refinaria de Olmeca. Sua ex-esposa, Guadalupe Cano Herrera, foi enviada ao Departamento de Estradas e Pontes Federais como oficial sênior, junto com o advogado Román García Álvarez, que se juntaria ao SCT com seu chefe em 2020, quando foi nomeado chefe daquele departamento, substituindo Jiménez Espriú.

Ambos estavam doentes quando tiveram suas últimas promoções. García Álvarez — agora se sabe — estava em tratamento para um tumor no pâncreas quando atuou como chefe da Unidade de Assuntos Jurídicos da SCT. Seu chefe foi infectado com Covid-19 duas vezes.

Em Cafupe, o advogado era o braço direito de Cano Herrera e supervisionava uma área estratégica: a revisão de concessões e fundos rodoviários. Já como assessor jurídico da SCT, apenas duas semanas antes de seu falecimento, cumpriu integralmente as instruções superiores e submeteu a Arganiz — também incapacitado por motivos de saúde — o convênio de colaboração e coordenação que permitiu ao governo do Estado do México outorgar a concessão do Viaduto Bicentenário.

Naquela época — outubro de 2020 — esse segundo nível da rodovia México-Querétaro (em um trecho que vai de Toreo de Cuatro Caminos a Tepalcapa) já era explorado por um particular há uma década. E, segundo o advogado Paulo Díez Gargari, gerou 10 bilhões de pesos em arrecadação de pedágio. Mas a concessão outorgada pelo governo do Estado do México em 2011 à OHL — na opinião deles — violou a Lei Geral de Bens Nacionais. E o acordo de 2020 está sujeito a cancelamento.

Nessas polêmicas, os atuais chefes do Ministério da Mobilidade do Estado do México e do Conselho Estadual de Estradas têm evitado comentar, apesar de sua clara competência. Principalmente, o departamento chefiado pelo ex-deputado Ariel Juárez, dada sua principal responsabilidade — manter a infraestrutura em boas condições — e os sérios problemas que enfrenta devido a denúncias internas de suposta corrupção e propinas.

Efeitos colaterais

INTERFERÊNCIAS . Além das alegações sobre as atividades comerciais de Julia Abdalá Lemus enquanto Manuel Bartlett Díaz chefiava a Comissão Federal de Eletricidade, novas evidências apontam para o programa de seguro contra incêndio, catástrofe e responsabilidade civil por meio do qual a empresa estatal gastou mais de 1,6 bilhão de pesos anualmente. Durante o semestre anterior, a Seguros Inbursa e a GMX Seguros foram as principais prestadoras deste serviço, mas Abdalá Lemus, por meio de Jorge Luis Águila, teria desempenhado um papel fundamental na identificação dos intermediários de resseguros que colocaram essas apólices nos mercados internacionais. A investigação tem como alvo os escritórios da Reinsurance Consulting e da Star Reinsurance, e há rumores de que dinheiro foi recebido e entregue ao pessoal de Abdalá por meio desses escritórios, o que supostamente está disponível...

Eleconomista

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