Moradores do bairro de Cuauhtémoc protestam contra pontos de tolerância para uso de maconha.


CIDADE DO MÉXICO (apro) .- Pela segunda vez em menos de uma semana, moradores dos bairros Guerrero e Centro protestaram contra os três pontos de tolerância à maconha que o governo da Cidade do México instalou no bairro Cuauhtémoc em 4 de agosto.
Os manifestantes montaram dois bloqueios, um no cruzamento da Rua Eje Central com a Rua Mina, e outro em ambas as direções da Avenida Paseo de la Reforma, no cruzamento com a Rua Violeta. Eles se posicionaram com faixas expressando suas reivindicações:
“Para os jovens, meninos e meninas, não ao acampamento de cannabis 420” e “Exigimos a realocação dos fumantes de cannabis”.
Este é o segundo protesto liderado por moradores de Cuauhtémoc para desmantelar os espaços destinados ao consumo gratuito de cannabis pela prefeitura no Monumento Simón Bolívar, na Plaza de la Concepción, e na Plaza de la Lectura José Saramago.
Embora esses espaços contem com balcões de informações do Instituto de Atenção e Prevenção às Dependências Químicas (IAPA), além de seguranças da Secretaria de Segurança Cidadã (SSC), os manifestantes alegaram que sua percepção de insegurança aumentou. Além disso, alguns funcionários de empresas próximas relataram à imprensa que seus estabelecimentos foram afetados.
Com os bloqueios, os moradores conseguiram estabelecer um diálogo com o governo local, que então suspendeu o bloqueio no Eje Central; embora alguns moradores, que alegaram não ter chegado a um acordo com as autoridades, tenham continuado o bloqueio no Paseo de la Reforma até serem retirados da avenida por policiais equipados com capacetes e escudos.
No dia 4 de agosto, a instalação dos "420 acampamentos" foi liderada pelo secretário de Governo, César Cravioto, que afirmou que as autoridades conversaram com grupos de consumidores que estavam presentes em outros espaços de consumo que não eram regulamentados pelas autoridades e que já haviam sido desmantelados.
Entre os acordos, eles estabeleceram que não será permitida a venda ou troca desta planta.
Foi uma operação que "realocou" outros pontos de consumo de cannabis que funcionavam há mais de dois anos sem a intervenção das autoridades. Esses pontos estavam localizados perto da Estação Hidalgo do Sistema de Transporte Coletivo (STC) do Metrô; bem como na Avenida Juárez, em frente ao Museu da Memória e da Tolerância; e na Estela de Luz.
Em entrevista ao Proceso , a diretora da SIP, Amaya Ordorika, explicou que a criação de pontos de consumo reconhece a necessidade de gerar acordos e regulamentações em torno desta prática, como parte do direito ao livre desenvolvimento da personalidade.
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