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O Vector de Alfonso Romo facilitou pagamentos de propina do Cartel de Sinaloa para García Luna, de acordo com a FinCEN.

O Vector de Alfonso Romo facilitou pagamentos de propina do Cartel de Sinaloa para García Luna, de acordo com a FinCEN.

O Vector de Alfonso Romo facilitou pagamentos de propina do Cartel de Sinaloa para García Luna, de acordo com a FinCEN.
Genaro García Luna, Secretário de Segurança Pública durante a gestão de Felipe Calderón. Foto de : Germán Canseco

CIDADE DO MÉXICO (apro).- Além das denúncias de suposta lavagem de dinheiro vinculada ao tráfico de opioides, a Vector Casa de Bolsa, do empresário Alfonso Romo, participou de operações que facilitaram o pagamento de propinas do Cartel de Sinaloa a Genaro García Luna, ex-secretário de Segurança Pública durante o governo de Felipe Calderón, de acordo com uma investigação conduzida pela Rede de Repressão a Crimes Financeiros (FinCEN) do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.

De acordo com o documento oficial, a FinCEN indicou que tem evidências sobre as transações envolvendo a corretora sediada no México.

"A Vector participou de diversas transações ao longo de vários anos que, de acordo com a avaliação da FinCEN, envolveram o produto de subornos pagos pelo Cartel de Sinaloa ao 'alto funcionário da segurança pública do México', Genaro García Luna", afirma o relatório.

As autoridades norte-americanas lembraram que García Luna foi condenado em 2023 por um tribunal federal em Nova York, depois de ficar provado que, entre 2001 e 2012 — quando atuou como Secretário de Segurança e anteriormente como chefe da Agência Federal de Investigação (AFI) — ele permitiu que o Cartel de Sinaloa operasse impunemente em troca de milhões de dólares em subornos.

“O FinCEN também determinou que, entre 2013 e 2019, uma empresa controlada por García Luna realizou transações com a Vector totalizando mais de US$ 40 milhões”, afirmou.

De acordo com a avaliação da agência, as transações envolvem o produto de subornos pagos ao ex-funcionário e se somam a transferências detectadas anteriormente — como aquelas feitas por uma "mula de dinheiro" — que, juntas, de acordo com a FinCEN, provavelmente facilitaram o tráfico ilícito de opioides pelo Cartel de Sinaloa.

Ligações

Durante anos, García Luna foi o rosto mais visível da luta contra o crime organizado no México.

Ele foi condenado em 2024 a 38 anos e quatro meses de prisão, além de uma multa de US$ 2 milhões, pelo juiz Brian Cogan do Tribunal Distrital Leste, no Brooklyn, Nova York.

A sentença foi imposta por seus comprovados vínculos com o Cartel de Sinaloa, a organização criminosa que, segundo promotores americanos, operou por anos sob sua proteção institucional.

Durante o julgamento, foi discutido em detalhes o esquema pelo qual o ex-secretário de Segurança Pública permitiu o uso do Aeroporto Internacional da Cidade do México (AICM) para facilitar o tráfico de drogas, sob o controle direto do cartel liderado por Joaquín "El Chapo" Guzmán, bem como os diversos mecanismos de lavagem de dinheiro.

Um ano depois, em maio de 2025, outra decisão judicial foi proferida contra García Luna. Uma sentença emitida pelo Tribunal do Décimo Primeiro Circuito Judicial da Flórida condenou o ex-funcionário e sua esposa, Cristina Pereyra, a pagar quantias multimilionárias que excedem em muito as inicialmente reivindicadas pelo governo mexicano.

De acordo com a Unidade de Inteligência Financeira (UIF), a decisão de 22 de maio de 2025 foi resultado de mais de três anos de litígio iniciado em setembro de 2021, quando o governo mexicano acusou o casal de liderar uma rede de corrupção e lavagem de dinheiro que operou por mais de duas décadas por meio de dezenas de contratos públicos.

García Luna deve pagar US$ 748,8 milhões, enquanto Cristina Pereyra foi condenada a pagar US$ 1 bilhão. A UIF identificou desvio sistemático de recursos públicos por meio de uma rede complexa de empresas, operadores financeiros e mecanismos de triangulação internacional.

Entre as empresas usadas para desviar fundos estavam a NUNVAV, a Nice Systems e a GLAC Security, que assinaram contratos em dólares com agências mexicanas. Parte desse dinheiro foi enviada para o exterior — para paraísos fiscais como Barbados ou para países como Israel — para posteriormente retornar ao México e financiar pagamentos a cúmplices da operação.

A UIF também identificou outras empresas associadas a García Luna, como Oggi Caffe LLC, GL& Associates Consulting LLC e a já mencionada GLAC, embora tenha especificado que nenhum outro ativo em seu nome foi localizado até o momento.

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