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Armando Benedetti: "A reforma trabalhista aprovada no Senado é mais progressista do que a que saiu da Câmara."

Armando Benedetti: "A reforma trabalhista aprovada no Senado é mais progressista do que a que saiu da Câmara."
O ministro do Interior, Armando Benedetti, conversou com o EL TIEMPO sobre a aprovação da reforma trabalhista durante seu quarto debate no Senado. Ele afirmou que não insistirá em um referendo se a iniciativa passar pelo processo de conciliação e afirmou estar satisfeito com o que foi aprovado no Senado.
Ele também insistiu que o registrador Hernán Penagos é um "covarde" por não tomar uma decisão sobre a convocação do referendo.

O plenário do Senado aprovou a reforma trabalhista. Foto: César Melgarejo/El Tiempo

Você está proclamando a aprovação da reforma trabalhista como uma vitória? É hora de declarar vitória? O governo se sente vitorioso?
É uma grande vitória. O que foi aprovado no Senado é muito mais importante e progressista do que o que saiu da Câmara. As conquistas alcançadas são verdadeiros troféus para os direitos trabalhistas, para os sindicatos, entre outros. A conquista, o triunfo ou a comemoração dependem da conciliação, que deve ser anunciada entre quinta e sexta-feira.
Quais são esses artigos em que eles vão insistir na conciliação?
A verdade é que estamos perdendo o contrato agrícola e o direito das mulheres de consultar um médico caso sintam irregularidade menstrual ou dor intensa. Essas são as duas coisas que nos faltaram no Senado. Tirando isso, nos saímos muito bem.

O Ministro do Interior, Armando Benedetti, com o Ministro da Saúde, Guillermo A. Jaramillo. Foto: César Melgarejo/El Tiempo @cesarmelgarejoa

Se esses dois artigos não passarem pelo processo de conciliação, você vai insistir em um referendo?
Isso não significa que só porque esses dois pontos não foram incluídos uma consulta será necessária; não seria necessária com tudo o que foi aprovado nesta terça-feira.
As críticas continuam vindas de vários setores em relação à sobretaxa noturna, que começa às 19h, para todos os setores. Qual é a sua resposta às preocupações da comunidade empresarial?
Se seria às 6 ou às 7 foi motivo de muito debate, assim como se haveria exceções. Foi uma das questões mais difíceis de aprovar, mas foi aprovada no Senado. Não concordamos com essas teorias. A direita sempre diz que quanto menores os salários e menos impostos pagos, mais empregos são criados, mas isso nunca aconteceu. Não poderíamos implementar uma reforma com exceções.
E o que falta para que o referendo seja retirado do cenário político e jurídico colombiano diante dessa conciliação da reforma trabalhista?
Que a conciliação seja votada. Uma vez votada a conciliação, o Presidente — como ele já disse em um tweet — revogará o decreto do referendo. Quando a conciliação for votada, o Presidente, por decreto, revogará o que foi convocado para 7 de agosto.
O presidente disse na terça-feira à noite que o referendo era uma forma de pressionar para aprovar a reforma trabalhista. Isso está correto?
Isso tem sido bastante tortuoso. A consulta foi crucial e crucial para que o Senado reagisse a favor do debate da reforma trabalhista e, ao mesmo tempo, das manifestações populares que ocorreram nas ruas.

Presidente Gustavo Petro durante nova reunião de gabinete. Foto: Captura de tela da Presidência

O senhor já anunciou o decreto que convoca trabalhadores extras. O senhor pretende implementar a reforma da Previdência em outro momento que não 1º de julho, como aprovado anteriormente?
A ideia é que essa data se torne definitiva, mas depende da notificação. O decreto sobre os extras deve ser fundamentado, e essa fundamentação me é fornecida na notificação: o texto do Tribunal Constitucional.
Sua declaração sobre o Registrador foi controversa, quando você disse que ele é um operador de logística e também que ele é um covarde... Você mantém esse ponto?
A Constituição diz que ele é o organizador das eleições, e é a isso que me refiro. Se você verificar, o Registrador nem sequer conta os votos; ele os subcontrata para diversas empresas. Todo cidadão é obrigado a cumprir um decreto presidencial. E se, quando chegarem as eleições, o Presidente emitir o decreto e o Registrador disser que não quer realizá-las?

Penagos disse que o referendo não seria realizado em 7 de agosto. Foto: Milton Díaz / EL TIEMPO

Esse compromisso de rebaixar a linguagem de todos, chamando-os de covardes e lavando as mãos, não é como levantar uma incerteza novamente?
Não, porque tudo o que estou dizendo é para obedecer à lei. Não estou sendo agressivo. Chamar você de "agente político" não é ser agressivo.
Mas chamá-lo de covarde...
Covarde, porque não tomou nenhuma decisão. Tinha que tomar uma decisão: cumprir ou não. Mas se esconder atrás do Conselho de Estado, quando há um decreto assinado, e ele diz que não quer cumprir porque vai esperar que as Cortes decidam o que vai acontecer... isso, num Estado social de direito, é inaceitável.
Mas tudo isso será arquivado quando o mercado de trabalho acabar?
Sim. Se a votação for realizada na sexta-feira, o Presidente emitirá outro decreto revogando o atual.
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Reforma trabalhista aprovada. Foto:

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