Lemus ordena limpeza na SIAPA: contratação polêmica investigada

O governador de Jalisco, Pablo Lemus, ordenou uma investigação completa sobre a contratação do ex-apresentador Eli Castro na SIAPA, citando uma aparente falta de treinamento técnico e prometendo sanções contra os responsáveis pela decisão.
Em uma de suas primeiras ações de destaque para sinalizar uma mudança de rumo na administração pública, o governador de Jalisco, Pablo Lemus, colocou o Sistema Intermunicipal de Água Potável e Serviços de Esgoto (SIAPA) sob escrutínio. O governador ordenou que a Controladoria do órgão investigasse minuciosamente o processo de contratação da ex-apresentadora de televisão Eli Castro, que supostamente não possui as qualificações técnicas necessárias para o cargo.
A diretriz do governador foi clara e contundente. Ele solicitou à Controladoria-Geral da SIAPA que investigasse "como e por que" Castro foi contratada, enfatizando que, segundo as informações de que dispunha, ela "não possuía a formação técnica adequada" para exercer suas funções em um órgão tão especializado.
Esta ação representa um sinal inequívoco da nova administração contra o que os cidadãos frequentemente percebem como "clientelismo" ou "compadrio" no serviço público: a atribuição de cargos-chave com base em conexões pessoais ou políticas, em vez de mérito e capacidade técnica. Lemus afirmou enfaticamente que qualquer pessoa considerada responsável por essa contratação será sancionada.
"Haverá sanções para quem contratou Eli Castro na SIAPA... [uma] investigação deve ser realizada para saber como e por que a ex-apresentadora foi contratada, já que ela não tinha o treinamento técnico adequado." – Declarações atribuídas a Pablo Lemus, sinalizando uma postura de tolerância zero.
Eli Castro é uma figura conhecida localmente por sua carreira na mídia. Sua nomeação para um cargo na SIAPA, uma entidade predominantemente técnica e operacional, levantou questionamentos desde o início. A investigação agora busca esclarecer a natureza de sua função, suas responsabilidades e se seu perfil profissional se alinhava às necessidades da organização.
A decisão da Lemus não pode ser analisada isoladamente. Ela ocorre em um momento em que a SIAPA enfrenta intenso escrutínio público por diversos problemas que afetam diretamente os moradores da Região Metropolitana de Guadalajara. A proliferação de buracos em vias principais, como o recentemente relatado na Avenida Malecón, e as constantes reclamações sobre a qualidade e a intermitência do serviço de água colocaram a agência no centro do debate.
Nesse contexto, a notícia de uma suposta contratação irregular repercute ainda mais fortemente. Para o cidadão comum, a questão é simples: enquanto a infraestrutura da cidade falha, o dinheiro dos impostos está sendo usado para contratar os profissionais mais qualificados ou para pagar favores políticos? A investigação ordenada por Lemus busca justamente lidar com essa percepção e projetar uma imagem de controle e responsabilização.
O resultado da auditoria da Controladoria da SIAPA determinará os próximos passos. As possíveis consequências variam de sanções administrativas para os funcionários que autorizaram o contrato à revisão de outras funções dentro da agência.
Politicamente, a mensagem é clara: a nova administração estadual busca estabelecer um padrão de competência e meritocracia nas agências públicas, especialmente aquelas, como a SIAPA, que são vitais para a vida diária de milhões de moradores de Jalisco.
La Verdad Yucatán