O presidente Gustavo Petro diz que a interrupção dos bombardeios de Gaza aliviaria as tensões no Oriente Médio.

O presidente Gustavo Petro fez diversas declarações sobre a escalada militar no Oriente Médio. Em sua última mensagem no X, ele afirmou que grande parte da tensão diminuiria se Israel interrompesse sua ação militar contra a população da Faixa de Gaza.
Segundo o presidente, a situação atual "começou com o bombardeio de crianças palestinas: o genocídio do povo de Gaza". Ele afirmou que a solução estaria em interromper essa ação militar.

Usina nuclear de Isfahan, Irã, após o bombardeio dos EUA. Foto: AFP
“Tudo começou com o bombardeio de crianças palestinas: o genocídio do povo de Gaza. Agora estamos perto de uma guerra mundial. Onde começa a solução? Netanyahu precisa parar de bombardear a Palestina, declarar uma trégua e parar de colocar toda a humanidade em risco”, concluiu o presidente colombiano.
Em outro tuíte, o presidente também alertou que este conflito poderia desencadear uma nova onda de inflação na Colômbia, já que o Irã propôs bloquear o Estreito de Ormuz, passagem por onde 20% do petróleo mundial é transportado. Nesse caso, ele disse que a maneira de evitar isso é adotar energia limpa o mais rápido possível.
"É por essas circunstâncias que pressionei o Estado e expliquei à sociedade a necessidade de uma transição energética o mais breve possível", disse o presidente Petro.

Donald Trump afirmou que o Irã é uma ameaça. Foto: EFE
No dia anterior, o presidente colombiano havia pedido a Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, que não participasse de ações militares no Irã. "O governo Trump não deve participar da guerra com o Irã e do genocídio em Gaza. O governo Trump deve impedir a guerra e o genocídio", disse o presidente colombiano, que afirmou estar fazendo essa declaração em sua função de presidente pro tempore da CELAC: "Digo isso como presidente da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos".
Declaração do Itamaraty Além dos vários tuítes, a Colômbia usou canais oficiais para pedir o fim das tensões no Oriente Médio, que aumentaram com o envolvimento dos Estados Unidos.
"A Colômbia apela à diplomacia para evitar uma escalada no Oriente Médio", inicia o comunicado, que apela à redução das tensões na região. Nesse sentido, o Itamaraty expressou "sua profunda preocupação" com o que está acontecendo atualmente na região, que envolveu múltiplos ataques entre Irã e Israel e a recente intervenção dos EUA no conflito.
"Instamos todas as partes envolvidas a retornarem urgentemente ao caminho da negociação como a única solução responsável e duradoura para a crise atual", afirma o documento. Nesse sentido, rejeitou a escalada militar das últimas horas.
"A Colômbia rejeita o uso unilateral da força, especialmente quando isso contraria os princípios fundamentais consagrados na Carta das Nações Unidas e põe em risco a paz e a estabilidade internacionais", declarou a organização liderada por Laura Sarabia.

Trump busca negociar um acordo com o Irã, mas ataques israelenses torpedeiam esse objetivo. Foto: Arquivo EL TIEMPO / Agências AFP e EFE
Nesse sentido, foram relembrados os compromissos para conter o desenvolvimento de armas nucleares. "O regime de não proliferação nuclear constitui um pilar essencial da segurança global. Seu enfraquecimento representa uma ameaça direta a toda a humanidade", afirmou o Ministério das Relações Exteriores, que se dirigiu diretamente ao Irã para instá-lo a retornar ao cumprimento desses compromissos.
"Instamos a República Islâmica do Irã a atender ao apelo da comunidade internacional e da Agência Internacional de Energia Atômica e a continuar a cumprir integralmente e de forma verificável seus compromissos de não proliferação", disse ele.
Ao final da mensagem, o Itamaraty reafirmou seu compromisso com uma solução diplomática. Destacou também a "resolução pacífica de controvérsias e o fortalecimento do multilateralismo como caminho para a preservação da paz e da segurança internacionais".

O Ministério das Relações Exteriores rejeitou ações no Irã. Foto:
Juan Sebastián Lombo Delgado
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