O presidente Petro culpa a extrema direita por querer romper o relacionamento Colômbia-EUA para beneficiar os traficantes de drogas.

O presidente Gustavo Petro empossou Héctor Carvajal como juiz do Tribunal Constitucional nesta quinta-feira. Ele foi um de seus indicados e atuou como seu advogado em diversos casos. Em meio a um longo discurso, no qual o presidente repetiu diversos temas recorrentes, ele mencionou a situação atual dos Estados Unidos.
Após tomar conhecimento do chamado para consultas do representante colombiano na Colômbia, o encarregado de negócios John McNamara, o presidente colombiano afirmou que há um setor de extrema direita interessado em torpedear as relações com o país para beneficiar organizações criminosas.

Presidente Gustavo Petro durante a posse do Juiz Carvajal. Foto: Presidência
"Eles estão interessados em romper relações com os Estados Unidos. Eles sabem que, se as relações com eles forem rompidas, a estrutura que construímos na luta contra o crime organizado entrará em colapso", disse Petro.
O presidente colombiano destacou a forma como os Estados Unidos combatem o crime organizado, embora tenha questionado a afirmação de que eles supostamente "só atacam aqueles que são contra eles" e ainda afirmou que em algumas ocasiões fizeram pactos com organizações criminosas que não são hostis a eles.
Sobre os motivos da ligação para McNamara, Gustavo Petro afirmou que em nenhum momento disse que o Secretário de Estado Marco Rubio queria dar um golpe contra ele. Ele também indicou que o ex-ministro das Relações Exteriores Álvaro Leyva se reuniu com outras figuras, como evidenciado pelas gravações de áudio.

Presidente Gustavo Petro durante a posse do Juiz Carvajal. Foto: Presidência
O presidente também insistiu que a violência atual não é ideológica, mas econômica. Ele voltou a se referir à conspiração do narcotráfico como o maior inimigo da Colômbia. Nesse sentido, sugeriu que essa organização estaria interessada em romper as relações entre os dois países.
Nesse sentido, embora não tenha confirmado, ele insinuou que não pôde viajar para a Colômbia ontem devido a possíveis ações violentas dessa organização. Nesse sentido, reiterou sua teoria de que essa organização é responsável pelo assassinato do promotor paraguaio Marcelo Pecci.
Em outro momento, ele falou sobre a conversa que teve com o presidente francês Emmanuel Macron em um fórum. Ele indicou que, durante o debate, expôs sua posição sobre a necessidade de descarbonizar as economias.
Juan Sebastián Lombo Delgado
eltiempo