Presidente Petro enfrenta o Banco da República no fim de semana

O presidente Gustavo Petro se manifestou contra o Banco da República duas vezes no fim de semana. Inicialmente, criticou o pedido do banco central para adiar a reforma da Previdência. Posteriormente, expressou seu descontentamento com a persistente incapacidade do banco de reduzir as taxas de juros.
Em resposta a este último acontecimento, o presidente Gustavo Petro respondeu a uma mensagem do líder da CUT, Fabio Arias, opondo-se à tendência do Banco da República de manter a taxa de juros em 9,25 e seu pedido de adiamento da implementação da reforma da previdência.
O presidente Petro seguiu o exemplo do líder sindical e se voltou contra o Banco da República. Segundo o presidente, o Banco da República está agindo por suposta motivação política.
"O conselho de administração do Banco da República, movido por ideologia e preconceito — ódio de classe, pode-se dizer —, está levando a economia colombiana ao vampirismo financeiro, quando, ao contrário, eu propus impulsionar a produção real", afirmou o presidente colombiano.
A justificativa de Petro para esse comentário é que manter a taxa de juros supostamente significa que recursos são gastos no pagamento de dívidas. "Existe uma fórmula quase contábil em economia para a dívida e sua manutenção: se a taxa de juros real for maior do que o crescimento real da economia, a dívida se torna insustentável; ela suga cada vez mais a produção nacional para contê-la."
Segundo Petro, "os bancos estão se tornando os vampiros da economia, e todos nós pagamos impostos ao sistema financeiro, que foi criado para impulsionar a produção, não esmagá-la".
O presidente observou que deveria haver uma resposta das grandes empresas, mas isso não ocorreu. "Cabe às pequenas e médias empresas associadas às cooperativas avançar e liderar a economia colombiana, ao lado dos trabalhadores."
As críticas do presidente à entidade emissora começaram no início do fim de semana, quando foi revelado que o Banco Central da República havia solicitado o adiamento da entrada em vigor da reforma da Previdência para que pudesse iniciar as contratações necessárias. "É definitivo: estamos diante de uma nova manobra para impedir a reforma da Previdência. Nunca vista antes", disse ele em um tuíte.
Em outra mensagem, ele foi mais contundente ao esclarecer que sua declaração não era contra o Tribunal Constitucional, mas sim contra o pedido do remetente. "O que vejo são tentativas de vários setores de dificultar a implementação da reforma", afirmou.

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eltiempo