Guerra em Gaza: União Europeia continua a protelar pressão sobre Israel

Como podemos influenciar Israel a cessar suas operações militares na Faixa de Gaza e permitir a entrada de ajuda humanitária maciça para os dois milhões de habitantes famintos do território? Embora a blitzkrieg travada pelo Estado hebreu, com o apoio dos Estados Unidos, contra o Irã tenha ofuscado a difícil situação dos palestinos, a questão foi levantada novamente na quinta-feira, 26 de junho, na cúpula dos Vinte e Sete em Bruxelas.
Como tem acontecido nos últimos vinte meses, os europeus continuam a discordar, não sobre a avaliação da situação humanitária catastrófica no terreno, que todos deploram, nem sobre a necessidade de o Hamas libertar os reféns israelenses o mais rápido possível, mas sim sobre o método e o grau de pressão política que eles devem empregar para forçar Israel a encerrar os combates e restabelecer um sistema seguro e neutro para distribuir ajuda humanitária.
Em 20 de maio, após onze semanas de bloqueio humanitário ao enclave palestino, a União Europeia (UE) levantou a voz contra o Estado judeu pela primeira vez em quase dois anos de conflito. A maioria dos Estados-membros, incluindo a França, solicitou a Kaja Kallas, chefe de política externa da União Europeia, que revisasse o Acordo de Associação entre a União Europeia e Israel, a fim de verificar o cumprimento, por este último, do Artigo 2º do tratado, que estipula que as partes devem respeitar os direitos humanos.
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Le Monde