“Paisagens nunca são chatas”: Aos 88 anos, David Hockney brilha com suas pinturas da zona rural da Normandia

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Como pequenas explosões de luz para celebrar uma alegria simples do dia a dia. Nascer do sol, ou mesmo sóis quase infantis, assinam David Hockney , 88 anos, pintor solar. Hockney conhece o verão, e ele sempre o inspirou. Há sessenta anos, o britânico descobriu a Califórnia e suas piscinas. Pinturas que se tornaram icônicas e o tornaram o pintor pop mais caro do mundo.

" As pessoas pensam que passo a vida inteira na piscina, mas eu passo a vida pintando ", disse ele, divertido, em 1999. Mas, recentemente, ele mudou de ares. Adeus, piscinas azul-turquesa, olá, os prados da zona rural da Normandia.

Em 2019, ele comprou uma antiga casa de enxaimel. E ali, largou o cavalete e pintou em um tablet. A tecnologia se tornou o caderno de esboços deste homem eternamente curioso. E com a chegada da Covid, pintar no iPad ganhou todo o seu significado. Confinado, ele pôde enviar seus desenhos para os amigos. Paisagens ensolaradas, acompanhadas de uma mensagem de esperança: " Não se esqueçam, não podemos cancelar a primavera ."

Dias sombrios, mas o pintor prefere celebrar a chegada da primavera. Ele nunca foi tão produtivo quanto durante o confinamento. Uma paisagem, 220 pinturas. Mesmo preso em casa, seu superpoder é se maravilhar com tudo o que vê ao seu redor. Aos 88 anos, Hockney manteve seu olhar infantil. " Paisagens nunca são chatas porque são natureza. São apenas as representações que fazemos delas que podem ser insossas. Você simplesmente precisa fazer algo diferente, e é isso que tenho tentado fazer durante toda a minha vida ", explica.

Uma visão que ele compartilha com o mundo inteiro. Logo após a Covid, um sol normando e digital iluminou Nova York, Tóquio e Londres. Raios que invadiram as cidades, como um convite para contemplar a beleza da natureza.