Axel Sola, de Nice, a nova estrela do MMA francês?

O amante da música e pianista que é nas horas vagas (entrou no octógono ao som do Réquiem de Mozart) só conseguiu trazer virtuosismo a esta luta que marcou, na noite de sábado, em Paris, sua primeira aparição no UFC (a organização mais prestigiada do mundo).
Enfrentando o irlandês Rhys McKee na categoria meio-médio (até 77 kg), Axel Sola (27) não se limitou a recitar suas balanças. Ele proporcionou um verdadeiro recital à plateia fervilhante da Accor Arena.
Primeiramente, respeitando, nota por nota, a partitura que ele mesmo havia escrito (o famoso " plano de jogo "), com um trabalho de subversão baseado, entre outras coisas, em sua percussão.
Antes de executar uma passagem ainda mais rítmica, em stringendo, no teclado do seu destino. Seus punhos se traduziram em um poderoso uppercut no estômago, que fez seu oponente se curvar e lhe deu a oportunidade de finalizar no chão, em uma sequência de " ground and pound ".
Vencer por interrupção do árbitro (TKO), no 3º round desta luta suspensa fora do tempo, para muitos observadores, em todo caso, para sempre ancorada nas memórias.
Um concerto magistral, tecnicamente, mesmo que o principal autor tenha dito que ficou bastante surpreso com a "resiliência" do guerreiro celta.
" Ele aguentou os golpes muito bem. Eu o bati com muita força, várias vezes, mas ele não se mexeu e continuou avançando. Mas finalmente encontrei a solução..."
Um futuro imediato um tanto incertoO que vem a seguir? Embora ele tenha assinado para quatro lutas com a organização americana, obviamente não será uma possibilidade imediata.
Sola, que já sentia dores na mão esquerda antes de entrar no octógono, deve primeiro passar por uma ressonância magnética para determinar se sua pausa de 90 dias será estendida ou não.
" Eu me machuquei feio uma semana antes da luta. Não sei exatamente o que tenho, mas dei outra pancada e, no terceiro round, não consegui mais usar. Felizmente, o estômago está menos duro que o crânio (sorriso)..."
Ainda mais legitimidade...Embora possa ter que esperar mais do que o esperado para retornar ao octógono, o protegido de Aldric Cassata, no Boxing Squad de Nice, adquiriu definitivamente, aos olhos de todos, legitimidade real para lutar sob a bandeira do UFC.
Esse sucesso, em uma categoria de peso superior à sua (ele costuma competir na categoria até 70 kg), também lhe permite manter um histórico impecável (agora com 11 vitórias, nenhuma derrota e 1 empate desde que cruzou o Rubicão).
Poder continuar a alimentar os sonhos mais loucos e a tocar os limites do excepcional...
Nice Matin