Loja da Gucci em Saint-Tropez é atacada por cobra gigante de seis metros

Uma visão intrigante do lado de fora das boutiques de luxo da Place de la Garonne nesta manhã de quinta-feira. Depois da boutique Gucci em Cannes no dia anterior, comemorando o Dia Mundial da Cobra, foi a vez da loja do grupo Kering em Saint-Tropez ver, nesta manhã de quinta-feira, um réptil de seis metros de comprimento com um torso humano enrolado em frente à sua vitrine.
Ação militante sob vigilânciaNo lugar do animal, a porta-voz da PETA França, Natasha Garnier, permaneceu deitada na calçada por quase trinta minutos, usando maquiagem escamosa, segurando sacolas falsas com slogans manchados de sangue, para transmitir sua mensagem.
"Esta ação denuncia o sofrimento de cobras e outros animais abatidos para a fabricação de bolsas, pulseiras de relógio e outros acessórios vendidos pela marca e faz parte da campanha da associação que convoca a grife de luxo a se renovar, migrando totalmente para couro vegano. Cobras são animais sensíveis que sentem dor. Elas são esfoladas vivas, infladas com ar ou água para que a pele se descole melhor antes de se tornarem itens de luxo... Essas práticas de outrora não são mais toleráveis", critica a ativista de Lyon após trocar de pele ao tirar a fantasia pouco antes das 11h.
Uma ação "pacífica" que não causou nenhuma perturbação à ordem pública, mas mobilizou alguns gendarmes e policiais municipais.
Nas terras da família Pinault"Não há procedimento. A associação está seguindo as regras. A declaração de manifestação foi feita à prefeitura e tudo está transcorrendo pacificamente. Estamos simplesmente anotando as identidades dos quatro membros da PETA", explicou o gendarme sênior responsável pelas operações de vigilância, enquanto dois soldados se posicionavam na loja, que permanecia aberta aos clientes, mas cujos gerentes não quiseram "reagir".
"Detesto ecofatwas. Temos que distinguir entre cobras selvagens e criadas em cativeiro, mas o mundo precisa de denunciantes e eu respeito a ação deles, especialmente por ser não violenta", comenta Jérôme, um pai de Estrasburgo em férias na península, que sente pena do ativista, imóvel sob o sol forte no asfalto.
Outros transeuntes tiram selfies para alimentar as redes diante dessa cena inusitada, sem tentar entender a mensagem que se esconde por trás dela...
"Não estamos mirando o público, mas a empresa Gucci, para que eles possam se envolver!", Natasha reformula, observando que não escolheu seu "alvo" por acaso. Saint-Tropez é, obviamente, o "país" de Brigitte Bardot, mas também o resort de férias e residência da família Pinault, fundadora do grupo Kering.
Var-Matin