Nvidia anuncia reinício de vendas para a China de modelo avançado de chip de IA

Este é um ponto de virada para a Nvidia. A gigante americana da tecnologia anunciou na terça-feira, 15 de julho, a retomada das vendas para a China de um modelo de chips avançados para inteligência artificial (IA), às vésperas da viagem de seu CEO, Jensen Huang, a Pequim. "A Nvidia entrou com pedidos para retomar as vendas da GPU Nvidia H20. O governo dos EUA garantiu à Nvidia que as licenças serão concedidas, e a Nvidia espera iniciar as entregas em breve", afirmou a empresa em um comunicado.

Huang participará do evento a convite dos organizadores, incluindo o Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional (CCPIT). Em maio, ele classificou as restrições dos EUA à exportação de chips para a China como um "fracasso ". "As empresas locais (chinesas, nota do editor) são muito talentosas e muito determinadas, e os controles de exportação lhes deram a mentalidade, a energia e o apoio governamental necessários para acelerar seu desenvolvimento", disse Huang na Computex, em Taiwan.

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Sob o governo do presidente Joe Biden (2021-2025), os Estados Unidos proibiram ou restringiram as exportações dos chips mais sofisticados para a China, incluindo aqueles usados para desenvolver tecnologias de IA de ponta e supercomputadores. O governo de seu sucessor, Donald Trump, reverteu recentemente novas restrições à exportação de semicondutores, o que teria penalizado Pequim em particular.

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Essas novas regras, que seriam adicionadas, a partir de 15 de maio, aos controles já implementados em 2022 e 2023, foram anunciadas pelo governo de Joe Biden em meados de janeiro, poucos dias antes do fim de seu mandato. Mas o Departamento de Comércio dos EUA substituiu essas novas regras por recomendações que "alertam (...) o público sobre as potenciais consequências de permitir o uso de chips americanos" para desenvolver "modelos chineses de IA".

A China é um mercado crucial para a Nvidia, mas, nos últimos anos, a pressão sobre as exportações de Washington tem enfrentado uma concorrência mais acirrada de empresas locais, como a campeã nacional Huawei. A gigante americana está considerando abrir um centro de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em Xangai, revelou o Financial Times em maio. Jensen Huang visitou a China em abril, em meio à ofensiva tarifária de Donald Trump. Ele se encontrou com o prefeito de Xangai, Gong Zheng, para levar adiante o projeto do centro, informou o Financial Times .

Ele também se encontrou com o vice-premiê He Lifeng, a quem expressou apreço pelo "potencial da economia chinesa", segundo a mídia estatal. O crescimento econômico da China desacelerou ligeiramente no segundo trimestre, segundo dados oficiais divulgados na terça-feira, mas permaneceu em linha com as previsões, graças em parte às fortes exportações. A China enfrenta vários desafios para atingir sua meta de crescimento de "cerca de 5%" para 2025, complicados pelo impasse comercial iniciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump.