Orçamento de 2026: “O esforço depende muito do Estado”, segundo Pierre Moscovici

Segundo o primeiro presidente do Tribunal de Contas, o Estado está sendo solicitado a contribuir com mais do que as autarquias locais ou a segurança social e o seguro de saúde. Além disso, as medidas, embora "razoavelmente eficazes, também não são medidas estruturais".
O Estado está na vanguarda dos esforços orçamentários. Pierre Moscovici, o primeiro presidente do Tribunal de Contas, foi entrevistado na terça-feira pela LCI (Language Express), enfatizando que o Estado foi particularmente afetado pelos planos de poupança apresentados no início do dia pelo primeiro-ministro François Bayrou.
Com o congelamento de gastos no próximo ano (com exceção do custo da dívida e dos gastos adicionais para o orçamento das Forças Armadas), a eliminação de 3.000 empregos públicos e a não substituição de um em cada três servidores públicos aposentados, "em última análise, o ônus recai pesadamente sobre o Estado", observou Pierre Moscovici. "É o Estado que é afetado, muito mais do que as autoridades locais e muito mais do que a previdência social e o seguro saúde", afirmou. No entanto, "o Estado já contribuiu bastante nos últimos dois anos", segundo ele.
Pule o anúncioFrançois Bayrou "está certo ao dizer que a prioridade agora deve ser a redução da dívida, que a redução da dívida francesa é imperativa", disse Pierre Moscovici, que aprovou de passagem "a escala do esforço que está sendo solicitado" pelo chefe de governo, na ordem de 43,8 bilhões de euros de economia para o próximo ano. As principais medidas, "bastante eficazes financeiramente (...), também não são medidas estruturais", afirmou.
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