Thierry Ardisson: um provocador, mesmo?

Que Thierry Ardisson descanse em paz, com todas essas homenagens. Uma noite especial na France 2. Primeira página e seis páginas do Le Parisien , cujo diretor editorial, Nicolas Charbonneau, celebra "seus programas irreverentes, cujas sequências mais belas cada um de nós recorda".

Bem, não, desculpe. Não foi o caso de "cada um de nós", se as melhores sequências fossem perguntar a um ministro "sugar é trapaça?" ou fazer uma jovem atriz, Milla Jovovich, chorar ao lhe contar, sem aviso prévio, sobre os anos de prisão de seu pai...

A Ministra da Cultura, Rachida Dati, celebra "seu espírito livre e seu gosto pela transgressão" : "Ele moldou a televisão de hoje". Para o Presidente da República, ele foi "uma voz, uma figura, um estilo". Ele o nomeou cavaleiro da Legião de Honra em 2024 e, para ele, foi o apresentador "capaz de perguntar a um Gilbert Bécaud atônito: como é ter duas mulheres em casa?". Há homenagens que não honram seus autores.