Pai de Bella Culley faz promessa incrível por sua liberdade em meio a temores de cartéis

Niel Culley, 49, um técnico de plataforma de petróleo offshore que vive no Vietnã, voou para o país do Mar Negro assim que a notícia da prisão de Bella foi divulgada na noite de terça-feira passada.

Mas, infelizmente, ele ainda não foi autorizado a visitar sua filha, que está detida em uma notória prisão georgiana, relata o MailOnline.

"Não posso dizer nada, mas ficarei aqui o tempo que for preciso", disse ele ao Mail. "Obviamente, não tenho experiência em lidar com situações como esta, e é muito difícil."

Bella está atualmente detida na Penitenciária Feminina Número 5, nos arredores da capital Tbilisi, após ter sido parada no aeroporto da cidade em 11 de maio. Autoridades encontraram 12 kg de maconha e 2 kg de haxixe em sua bagagem após seu voo de £ 550 pela Air Arabia de Bangkok via Sharjah.

O pai dela está sendo amparado na Geórgia pela irmã, Kerrie Culley, de 51 anos, enquanto enfrentam uma espera agonizante — com a burocracia supostamente impedindo-os de ver Bella até pelo menos quarta-feira. Ela compareceu ao tribunal pela primeira vez em 13 de maio e agora está em prisão preventiva até sua próxima audiência agendada para 1º de julho.

O caso gerou alarme entre especialistas, que alertam que viajantes britânicos podem estar sendo alvos de cartéis na Tailândia. A prisão ocorreu após a segunda prisão de um cidadão britânico acusado de contrabandear cannabis para fora do país.

Charlotte May Lee, de 21 anos, comissária de bordo, foi presa no Sri Lanka poucas horas após o voo de Bella. Autoridades em Colombo alegam que ela transportava £ 1,15 milhão em kush, uma potente variedade sintética de cannabis. Investigadores estão investigando se os dois casos estão conectados.

O ex-general da polícia georgiana e especialista em narcóticos Jemal Janashia disse ao Mail: "O fato de duas jovens britânicas terem fugido com grandes quantidades de drogas do mesmo aeroporto interessará aos investigadores.

"Eles ficarão preocupados com a possibilidade de uma ligação e que gangues tailandesas possam estar tentando recrutar viajantes britânicos vulneráveis."

Ambas as mulheres deixaram a Tailândia durante a Cerimônia Real de Aração, um dos fins de semana mais movimentados do ano nos aeroportos tailandeses — uma excelente oportunidade, dizem as autoridades, para os traficantes explorarem o caos e retirarem o contrabando.

A medida segue uma grande repressão ao envio de cannabis da Tailândia para o Reino Unido, com as autoridades de ambos os países trabalhando em conjunto para impedir que a droga chegue ao território britânico. Desde o ano passado, o número de remessas postais contendo cannabis caiu 90% — de 15 toneladas interceptadas no final de 2024 para 1,5 tonelada nos primeiros três meses de 2025.

O Sr. Janashia disse: "Após a repressão às entregas postais de drogas, o cartel tailandês está buscando novas rotas.

"A Geórgia parece ser um ponto de trânsito intermediário atraente: é relativamente perto e fácil de chegar à Europa."

Com mais de 800 pessoas — incluindo 50 cidadãos britânicos — presas por contrabando desde julho de 2024 e mais de nove toneladas de cannabis apreendidas, cresce o medo de que as gangues estejam recorrendo a mulas de drogas.

O Sr. Janashia, que está aconselhando a família, disse ao Mail que ela deve cooperar totalmente com as autoridades e que pode conseguir um acordo judicial.

Ele disse: "Primeiramente, eu a aconselharia a cooperar, junto com o advogado, com a investigação, indicando quem eram os jovens com quem ela mantinha contato na Tailândia.

"E também indique se havia uma pessoa de contato na Geórgia.

"O tribunal, antes de mais nada, vai esclarecer e apurar se ela já vendeu ou traficou drogas antes, qual o perfil dela. E se for a primeira vez, são circunstâncias atenuantes."

Quando perguntado se seu conselho para Bella seria contar tudo à polícia, o Sr. Janashia respondeu: "Claro".