Tartarugas mordedoras aparecem na casa de um homem de Londres para um passeio anual no Rio Tâmisa

Uma tartaruga mordedora arranhando a porta da frente não é uma ocorrência comum para a maioria dos londrinos, mas na casa de Alan Graham, isso acontece quase todo ano.

Quando uma tartaruga apareceu em sua varanda, três dias atrás, ele fez o que sempre faz: colocou a tartaruga em seu carrinho de mão e a levou até seu destino.

Graham mora perto da Killarney Road, no nordeste de Londres. De um lado da casa fica a Trilha dos Pântanos de Highbury e, do outro, o Rio Tâmisa. Todo verão, tartarugas saem dos lagos ao longo da trilha, atravessando a rua movimentada para fazer a lenta caminhada até o rio. Elas devem ter sempre feito o mesmo caminho, disse Graham, mas os bairros residenciais em crescimento na região se tornaram obstáculos confusos em seu caminho. Então, quando elas aparecem em sua varanda parecendo perdidas, ele diz que quer ajudar.

"O primeiro deste ano parecia tão desidratado que parecia estar ali há horas", disse ele. "Pensei: 'Vou levá-lo para o rio o mais rápido possível.'"

O primeiro encontro de Graham com uma das tartarugas mordedoras foi há cerca de 15 anos, quando ouviu um barulho de arranhão à sua porta. Nervoso, mas determinado, calçou luvas grossas, colocou-se atrás da tartaruga e a pegou em segurança.

"Toda vez que você vai pegá-lo, ele simplesmente estala, e é tão rápido que o corpo inteiro treme", disse ele. "É muito assustador."

Depois de anos de experiência, Graham disse que não hesita. Ele simplesmente pega a tartaruga, coloca-a no carrinho de mão e se esforça ao máximo para ficar atrás dela o tempo todo.

Até recentemente, parecia ser a mesma tartaruga voltando ano após ano, pois era grande e reconhecível — 60 centímetros de comprimento e cerca de 13 quilos. Mas, neste ano, duas menores apareceram. É claro que elas também ganharam uma carona no carrinho de mão do Graham.

"Sinto-me mal por estarmos de certa forma interferindo nas rotas normais e na vida deles", disse ele. "Outros animais também, como veados, perus selvagens e castores, estão todos na área e tiveram que se adaptar por nossa causa."

Graham gosta de compartilhar fotos e vídeos das tartarugas on-line e as pessoas sempre ficam felizes quando outra chega lá em segurança, disse ele, especialmente porque a Killarney Road fica cada vez mais movimentada.

Infelizmente, nem todas as tartarugas que viajam conseguem atravessar a estrada, disse ele, lembrando-se de um ano em que uma delas foi atropelada. Ele disse que gostaria que os motoristas da região fossem mais vigilantes.

"Certifique-se de diminuir a velocidade se vir uma tartaruga se aproximando e pare completamente."