Morte do filho de Gardner ainda está sob investigação

Mais de dois meses após a morte de Miller Gardner, filho de 14 anos do ex-jogador do New York Yankees Brett Gardner, autoridades da Costa Rica dizem que o caso continua sob investigação e que os promotores estão tentando determinar se a causa da morte será considerada homicídio.

Gardner morreu em 21 de março em um resort na Costa Rica, onde estava hospedado com a família. No final de março, um representante do Departamento de Investigação Judicial (OIJ) da Costa Rica confirmou à ESPN por mensagem de texto que os investigadores acreditavam que a morte havia sido acidental e não resultado de crime. Em 2 de abril, as autoridades informaram que sua morte foi causada por intoxicação por monóxido de carbono.

Desde então, o caso permanece em aberto, de acordo com uma porta-voz do Ministério Público da Costa Rica responsável pelo caso. Sharon Hernandez Coto, assessora de imprensa do Ministério Público da Costa Rica, representando a filial de Quepos e Parrita, disse à ESPN que as autoridades buscam "determinar se a causa da morte foi homicídio ou não e, em caso afirmativo, estabelecer a responsabilidade".

Questionada se uma investigação de homicídio é um procedimento padrão ou se há suspeita de crime, a porta-voz respondeu: "O objetivo da investigação é justamente determinar se estamos lidando com um possível homicídio. Por esse motivo, não é possível, neste momento, confirmar ou descartar a possibilidade de um crime."

Ela disse que cada caso é tratado individualmente. O Ministério Público informou à ESPN que não há um cronograma para a conclusão da investigação. Hernandez Coto reiterou que o caso está sob investigação e acrescentou: "O objetivo é determinar se foi uma morte natural ou homicida."

Em resposta a diversas perguntas adicionais, Hernandez Coto respondeu: "A Promotoria de Quepos e Parrita indicou que não é possível fornecer mais detalhes além dos já fornecidos, visto que o caso está em fase de investigação, fase que é privativa de terceiros. Agradecemos a compreensão."

O Ministério Público encaminhou à ESPN um manual de 33 páginas sobre o processo penal costarriquenho, que explica o processo de investigação de um Ministério Público. A primeira etapa, que inclui a coleta e análise de provas, mandados de busca, autópsias e pedidos de prisão preventiva, conclui com a acusação formal do Ministério Público, um pedido de arquivamento provisório ou um pedido de arquivamento do caso. Uma segunda etapa pode envolver a decisão de apresentar acusações formais. A próxima etapa seria a fase de julgamento, seguida de eventuais recursos. Não ficou claro em que estágio do processo se encontra o caso Gardner.

A família Gardner não quis comentar.

Brett Gardner e sua esposa, Jessica, anunciaram a morte do filho em 23 de março em um comunicado divulgado pelos Yankees. Segundo o comunicado, Miller Gardner e vários outros familiares adoeceram durante as férias.

Em uma ligação telefônica para a ESPN dois dias depois, um porta-voz do OIJ disse que Miller Gardner estava com familiares que contaram aos investigadores que "tinham ido comer em um restaurante e que a comida os tinha deixado doentes". Na entrevista, o porta-voz disse que o OIJ considerou a possibilidade de asfixia antes de descartá-la.

O diretor do OIJ, Randall Zuniga, descreveu em uma entrevista coletiva em 28 de março como "o quarto onde a família estava" foi testado uma semana após a morte de Miller Gardner e "altas emissões de monóxido de carbono foram detectadas".

Um representante do OIJ disse à ESPN que o caso foi enviado ao Ministério Público em Quepos, uma cidade perto do Arenas del Mar Beachfront & Rainforest Resort, onde o corpo do adolescente foi encontrado em seu quarto.

Miller Gardner jogou futebol americano no ensino médio na Carolina do Sul e vestiu a camisa número 11, que seu pai usou durante 14 temporadas na MLB, todas com os Yankees. Brett Gardner, um líder de equipe popular, foi membro do time campeão de Nova York em 2009 e se aposentou em 2021.