Ministro não 'reconhece' comentários de Netanyahu após tiroteio em Washington DC

Um ministro do governo reagiu às críticas feitas ao Reino Unido pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.

O incidente ocorreu após a morte de dois funcionários da embaixada israelense, que foram baleados repetidamente perto do Museu Judaico da Capital, em Washington DC, na noite de quarta-feira.

Sarah Milgrim e seu namorado, Yaron Lischinsky, foram supostamente mortos por Elias Rodriguez, um ativista pró-Palestina. Ele foi acusado dos assassinatos, e as mortes estão sendo tratadas tanto como um crime de ódio contra a comunidade judaica quanto como terrorismo.

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Após o ataque, Netanyahu alertou que Sir Keir Starmer, assim como os líderes da França e do Canadá, estão "do lado errado da humanidade e... da história". A medida foi tomada depois que os países ameaçaram "ações concretas" contra Israel caso o país não mudasse de estratégia em sua guerra contra o Hamas, com o Reino Unido também suspendendo as negociações comerciais na terça-feira.

O Sr. Netanyahu culpou o trio por alimentar o antissemitismo e comparou as críticas deles à nova ofensiva de Israel ao tiroteio em Washington, D.C.

Mas o ministro do governo do Reino Unido, Luke Pollard, rejeitou essas alegações, ao mesmo tempo em que condenou os assassinatos.

O ministro das Forças Armadas disse à Sky News na manhã de sexta-feira: "Não reconheço o que o primeiro-ministro, Netanyahu, disse sobre o terrível evento nos Estados Unidos.

"Queremos ver uma investigação adequada, pois faremos tudo para garantir justiça para as pessoas que foram assassinadas nos Estados Unidos. Mas também não devemos nos esquivar da necessidade de garantir uma paz duradoura em Gaza."

O Sr. Pollard repetiu o apelo do governo para que todos os reféns restantes sejam libertados pelo Hamas, para que ajuda seja entregue "às pessoas que realmente estão sofrendo em Gaza" e para um cessar-fogo imediato.

Também reagindo aos comentários de Netanyahu, o deputado conservador Matt Vickers disse à Sky News que o tiroteio mostra que os líderes mundiais precisam ser "muito sensatos, cautelosos e cuidadosos na linguagem que usam, porque isso tem consequências reais".

O ministro do Interior acrescentou que há um "debate muito carregado e acalorado" sobre o conflito e pediu aos políticos que "tenham a cabeça no lugar".