Tribunal de apelações não analisará novamente o recurso de Trump no caso E. Jean Carroll

O presidente Trump perdeu na sexta-feira sua última tentativa de obter um novo julgamento no caso em que um júri o considerou responsável por abuso sexual e difamação da escritora E. Jean Carroll.

Depois que o Tribunal de Apelações dos EUA para o Segundo Circuito negou o recurso do Sr. Trump no caso em dezembro, seus advogados — agora altos funcionários do Departamento de Justiça — pediram uma revisão en banc, na qual todos os juízes do tribunal considerariam o caso.

O pedido foi negado na sexta-feira. Trump já havia indicado que contestaria o caso até a Suprema Corte. A mais alta corte do país é agora sua última esperança de anular a conclusão unânime do júri de que Trump era responsável por US$ 5 milhões em danos a Carroll.

O Sr. Trump pediu um novo julgamento depois que o julgamento do júri em maio de 2023 concluiu que uma preponderância de evidências apoiava a alegação de Carroll de que o Sr. Trump abusou sexualmente dela durante um encontro em meados da década de 1990 em uma loja de departamentos da cidade de Nova York.

Uma decisão de 77 páginas em dezembro rejeitou as queixas que o Sr. Trump havia feito repetidamente durante e após o julgamento de nove dias. Ele alegou que o juiz que presidiu o julgamento tomou uma série de decisões que prejudicaram a posição do Sr. Trump perante o júri.

"Com o ombro e todo o peso do corpo contra ela, o Sr. Trump a segurou contra a parede, beijou-a, abaixou sua meia-calça e enfiou os dedos em sua vagina — até que a Sra. Carroll conseguiu levantar o joelho e empurrá-lo para longe dela", escreveu o tribunal de apelações em dezembro, resumindo o depoimento de Carroll.

A decisão de dezembro do tribunal de apelações concluiu que o juiz distrital Lewis Kaplan não errou ao permitir o depoimento de duas mulheres que fizeram alegações no tribunal sobre supostos encontros com Trump que tinham semelhanças com os de Carroll.

O Sr. Trump negou as alegações de Carroll desde que surgiram pela primeira vez em 2019. Ele também recorreu da decisão de um júri separado em janeiro de 2024, que o considerou responsável por mais difamação contra Carroll. Esse recurso ainda está pendente. Juntos, os dois júris concederam a Carroll mais de US$ 88 milhões .

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