Os altos-fornos são desligados e Ilva é consumida

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Apesar da narrativa do ministro Urso , que até uma semana atrás se gabava de ter salvado a Ilva ao desapropria-la da ArcelorMittal , a situação se agravou, tanto que o subsecretário Mantovano, abrindo a reunião com os metalúrgicos no Palazzo Chigi, admitiu que a de ontem foi a reunião mais difícil desde o início do governo. Toda a fábula ursiana desmoronou no primeiro acidente na fábrica, que levou à apreensão sem permissão de uso de um dos dois altos-fornos em operação . Um acidente totalmente previsível, dada a obsolescência dos sistemas. O ministro descarregou seu fracasso na promotoria de Taranto (nunca inocente), mas a venda encenada por Urso nunca aconteceu. Após a conclusão da licitação e sua vitória pela Baku Steel, nem a oferta financeira nem o plano industrial são conhecidos .

Também não podemos acreditar que quem participou de uma licitação para aquisição de uma fábrica sabendo que ela está em penhora há mais de 10 anos — e desde então nas mãos de magistrados, autarquias e do governo que a desapropriou dos últimos compradores que investiram 4 bilhões — tenha medo de mais uma penhora. Agora são necessários 7 bilhões, enquanto o estado já queimou outros 400 milhões em empréstimos-ponte . Agora todos pedem a nacionalização: os sindicatos, Salvini e Emiliano (que quer incluir Acquedotto Pugliese no conselho de administração). A reunião de ontem foi interrompida e será retomada na segunda-feira, mas do Palazzo Chigi ela passará para o Ministério do Trabalho: na mesa estão um aumento nos pagamentos extraordinários de demissão, cortes nas pensões e leis especiais para redes de segurança social. Vai acabar assim.

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