Washington celebra o 250º aniversário do Exército com desfile polêmico

Washington, DC – Um desfile de tanques e veículos militares percorreu as ruas da capital dos EUA para celebrar o 250º aniversário das Forças Armadas, um evento que atraiu aplausos e críticas. Enquanto os apoiadores aplaudiram o orgulho nacional, os críticos viram a celebração como uma tentativa de Trump de inflar seu ego.

Um aniversário controverso

Tanques percorreram as ruas de Washington na noite de sábado, uma aparição que o presidente Trump havia prometido ser "inesquecível". Mas o desfile gerou polêmica, com muitos o chamando de uma homenagem exagerada ao "egoísta-chefe". Em meio à tensão política, Trump declarou: "Todos os outros países celebram suas vitórias. É hora de os Estados Unidos fazerem o mesmo." As palavras, proferidas diante de uma multidão esparsa no National Mall, ressoam como o eco de uma era de divisões.

Reações mistas

O vice-presidente J.D. Vance reconheceu a coincidência de aniversários, mas muitos acharam a coincidência perturbadora. Enquanto alguns comemoravam, cerca de 100 manifestantes se reuniram no Logan Circle para expressar sua discordância. "Isso é comportamento de ditador", disse Terry Mahoney, um veterano da Marinha. "Considerando tudo o que ele fez, este desfile pode ser apenas uma farsa", acrescentou, observando como os protestos estavam se intensificando em todo o país.

Uma celebração militar sem precedentes

Trump sempre quis um grande desfile militar, inspirado na celebração do Dia da Bastilha em Paris em 2017. Este ano, ele enviou 28 tanques Abrams e uma variedade de veículos blindados e aeronaves, criando um espetáculo não visto desde 1991. Cidadãos se reuniram ao longo da Constitution Avenue, mas o comparecimento foi menor do que o esperado, com estimativas colocando o número em cerca de 200.000.

Opiniões diferentes entre veteranos

Veteranos como Freddie Delacruz, 63, argumentaram que a celebração militar e a de Trump deveriam ser consideradas separadamente. "É apenas uma coincidência", disse ele, enquanto outros, como Aaron M., de Miami, não viam problema no uso de forças federais por Trump. O presidente ativou a Guarda Nacional sem o consentimento dos governadores pela primeira vez desde 1965, uma ação que gerou preocupações e debates sobre o uso do poder presidencial.

Protestos e segurança

As tensões aumentaram com os protestos contra as políticas de imigração de Trump. Anahi Rivas-Rodriguez, uma jovem ativista, destacou o medo crescente entre comunidades vulneráveis. "Não fazemos parte de uma sociedade que dissemina o medo", disse ela, enquanto os manifestantes se reuniam em frente à Casa Branca. Suas palavras refletem um clima de crescente apreensão e oposição ao que muitos veem como um governo opressor.

O custo do desfile

O custo do desfile, estimado entre US$ 25 milhões e US$ 45 milhões, gerou indignação entre aqueles que o veem como um desrespeito ao serviço público e aos veteranos. Roland Roebuck, um veterano do Vietnã, criticou Trump por seu aparente desrespeito ao serviço militar, enquanto outros manifestantes se juntaram para expressar sua oposição ao evento que consideram uma farsa.

O futuro das manifestações

Com mais de 60 prisões durante as manifestações e a tensão palpável, o futuro das celebrações públicas e protestos permanece incerto. Enquanto organizações de protesto realizam eventos oficiais em Washington, a mensagem de dissidência é clara. A divisão entre apoiadores e oponentes de Trump continua a ser sentida, tornando o cenário político cada vez mais instável.