Polícia britânica prende mais de 70 apoiadores do grupo ativista proibido Palestine Action

Mais de uma semana após o governo britânico proibir o grupo ativista Ação Palestina, as autoridades britânicas prenderam no sábado mais de 70 pessoas suspeitas de apoiar o grupo. A mídia britânica noticiou que essas manifestações de apoio ocorreram durante protestos em Londres, Cardiff e Manchester. Ativistas carregavam cartazes com os dizeres "Eu me oponho ao genocídio, eu apoio a Ação Palestina".

Em Londres, 41 pessoas foram presas por apoiar o grupo proibido. Uma pessoa foi presa por agressão. O protesto foi organizado pelo grupo ativista Defend Our Juries. No último fim de semana, 29 pessoas foram presas em Londres durante um protesto semelhante. Em Manchester, 16 manifestantes foram presos e, em Cardiff, 13.

Há pouco mais de uma semana, o Parlamento Britânico aprovou uma mudança na lei que agora designará a Ação Palestina como uma organização terrorista e, portanto, a tornará ilegal. Na Câmara dos Comuns, 385 parlamentares votaram a favor, enquanto 26 votaram contra a proposta de emenda à legislação antiterrorismo. Qualquer pessoa que agora se junte à Ação Palestina ou apoie qualquer uma das ações do grupo corre o risco de ser processada e, em casos extremos, de uma pena de 14 anos de prisão.

'Medida orwelliana'

A Ação Palestina, também ativa na Holanda, vem realizando campanhas desde 2020, principalmente contra a indústria de armamentos. Os ativistas têm vandalizado escritórios e ocupado fábricas repetidamente. Segundo o Secretário do Interior do Partido Trabalhista, Dan Jarvis, as ações vão longe demais, especialmente porque os danos às vezes têm um custo alto.

Apoiadores chamaram a proibição de uma medida "orwelliana" posteriormente e anunciaram protestos em vários locais do Reino Unido. Críticos e organizações de direitos humanos também argumentam que a proibição da Ação Palestina se enquadra em uma tendência mais ampla no Reino Unido de criminalizar a solidariedade aos palestinos.