Seis partidos no Suriname assinam acordo de coalizão e anunciam divisão de ministérios

Seis partidos surinameses – NDP, NPS, ABOP, PL, BEP e A-20 – assinaram um acordo de coalizão na noite de domingo que formará a base para um governo sob a liderança do NDP e futura presidente Jennifer Simons (71). Embora os resultados das eleições de 25 de maio ainda não sejam oficiais, todos os votos já foram contados e estamos aguardando a confirmação oficial dos resultados pela Seção Central de Votação, prevista para o final desta semana.

Os seis partidos políticos têm uma grande maioria para formar um governo e, juntos, também têm as 34 cadeiras necessárias, das 51, para eleger o presidente na Assembleia Nacional. O acordo de coalizão assinado na noite de domingo, horário local, indica como as diversas tarefas e ministérios são divididos.

Além de Jennifer Simons como presidente, a vice-presidência será ocupada por Gregory Rusland, líder do NPS. O novo presidente do Parlamento é Ashwin Adhin, do NDP, e Ronny Brunswijk — atualmente vice-presidente no atual governo do presidente Santokhi — assumirá a vice-presidência da Assembleia Nacional.

Otimismo entre as partes interessadas

Dos dezessete ministérios, sete irão para o NDP, incluindo o Ministério das Finanças e o Ministério das Relações Exteriores. Três ministérios serão transferidos para o NPS, incluindo um novo ministério especialmente criado para Petróleo, Gás e Meio Ambiente. O partido de Ronny Brunswijk administrará três ministérios, incluindo Justiça e Polícia. Os outros ministérios vão para os partidos menores PL e A-20.

Após a assinatura, Jennifer Simons, a futura primeira mulher presidente do Suriname, prometeu que colocaria toda a sua força, inteligência e amor a serviço do povo surinamês. Ainda será um desafio para Simons formar um governo com o grupo de seis partidos, especialmente porque vários partidos já trabalharam juntos em um governo e se separaram após uma grande discussão.

No entanto, as partes agora prometeram recomeçar com um novo começo e uma dose de otimismo. O Suriname está em uma encruzilhada, com os primeiros bilhões em receitas esperados das grandes reservas de petróleo encontradas na costa em 2028. Assim como na carta de intenções assinada anteriormente na semana passada, foi novamente afirmado que o novo governo quer governar sem corrupção, com transparência e boa governança.

Não é surpresa que um acordo de coalizão já tenha sido assinado antes que um resultado oficial esteja disponível. Nas eleições de 2020, o VHP, que emergiu como o maior partido na época, também concluiu um acordo com outros partidos alguns dias após as eleições para formar um governo. Na sexta-feira passada, Santokhi disse aos jornalistas que, para ele, ainda não há um vencedor e que ele está aguardando o resultado oficial.

Por lei, o novo parlamento deve tomar posse até 30 de junho. Então ocorrerá a eleição do Presidente e do Vice-Presidente do Parlamento. O presidente e o vice-presidente do país devem ser eleitos no parlamento até 16 de julho, no máximo.