Ele saiu em uma caçada e ajudou a descobrir um novo vírus. A extraordinária história do gato Pepper.

Pepper é conhecido não apenas por sua paixão pela caça, mas também por sua contribuição inesperada ao desenvolvimento da pesquisa virológica.
No ano passado, um "presente" de um gato na forma de um rato morto levou à primeira descoberta do vírus jeilong nos Estados Unidos, anteriormente conhecido apenas em continentes como África, Ásia, Europa e América do Sul. O novo vírus foi denominado Gainesville rodent jeilongvirus 1. Acredita-se que ele infecte uma variedade de espécies animais, o que o torna uma ameaça potencial à biodiversidade.
Um gato trouxe um musaranho morto, e cientistas o examinaram. O que descobriram?Nas últimas semanas, Pepper surpreendeu os cientistas novamente ao trazer para casa um musaranho-de-cauda-curta morto dos Everglades. Testes revelaram que o animal carregava uma cepa até então desconhecida de ortoreovírus. Uma equipe da Universidade da Flórida o batizou de musaranho-de-gainesville, ortoreovírus mamífero tipo 3 (UF-1).
Segundo a Universidade da Flórida, sabe-se que vírus semelhantes infectam humanos, morcegos, veados-de-cauda-branca e outros mamíferos. Embora não haja motivo para preocupação neste momento, houve relatos isolados de ortoreovírus associados a encefalite, meningite e gastroenterite em crianças.
Mais pesquisas necessáriasA autora principal do artigo científico, Emily DeRuyter, enfatizou que mais pesquisas são necessárias para determinar a prevalência do novo vírus em humanos e animais. Também será necessário investigar sua transmissão e a potencial ameaça à saúde pública. Ela também observou que os ortoreovírus foram considerados inofensivos por muito tempo, mas sua associação com infecções respiratórias, nervosas e gastrointestinais está sendo cada vez mais identificada.
O mais importante é que Pepper está saudável e continua a perseguir sua paixão pela caça ao ar livre. O Dr. Lednicky observou que seu animal de estimação poderia contribuir por muitos anos mais para a pesquisa científica. "Este foi um estudo de caso", disse ele. "Se você encontrar um animal morto, por que não analisá-lo em vez de simplesmente enterrá-lo? Há uma quantidade enorme de conhecimento a ser adquirida", acrescentou.
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Wprost