Graças à IA, será possível traduzir livros automaticamente para a linguagem de sinais polonesa

Treinar inteligência artificial para traduzir automaticamente livros escritos em polonês para a língua polonesa de sinais com a ajuda de um avatar digital é o objetivo do projeto "Livro Acessível", implementado no Instituto Łukasiewicz-AI. O primeiro livro está pronto: "O Pequeno Príncipe", de Antoine de Saint-Exupéry.
No total, 16 traduções deverão ser concluídas até o final do ano – livros selecionados das listas de leitura para escolas de ensino fundamental e médio.
Como disse o Dr. Adam Piasecki, diretor do Centro de Pesquisa para Tecnologias Inovadoras e líder do Grupo de Pesquisa em Acessibilidade e Saúde da Łukasiewicz-AI, à PAP, o projeto tem dois objetivos: pesquisa e social.
"Primeiramente, queremos produzir o máximo de material possível – o mesmo conteúdo em polonês e na Língua Polonesa de Sinais (LGP). Isso será usado para treinar inteligência artificial, resultando em uma solução capaz de traduzir automaticamente o polonês para a Língua Polonesa de Sinais usando um avatar digital", explicou Adam Piasecki.
O segundo objetivo é o aspecto social. "Estamos criando uma ferramenta educacional moderna que apoia pessoas surdas que usam o PJM em suas vidas diárias", enfatizou o cientista.
Para começar, os pesquisadores selecionaram clássicos da literatura da lista de leitura escolar. "Pessoas surdas de nascença muitas vezes não sabem ler em polonês – a língua de sinais é sua primeira e natural língua. Queremos apresentá-las, especialmente as crianças, à literatura clássica. Começamos com "O Pequeno Príncipe", de Antoine de Saint-Exupéry, que todos provavelmente conhecem e adoram; é um livro sem restrição de idade. Também temos leituras para alunos do ensino fundamental e médio na lista. No total, 16 traduções serão concluídas até o final do ano", anunciou Adam Piasecki.
O pesquisador admitiu que o processo de tradução em si não é complicado. Ele explicou que o narrador (um tradutor da PJM) grava a tradução sinalizada em um estúdio de gravação especialmente criado para isso. "Tudo o que é importante acontece antes e depois. Primeiro, trata-se de interpretar o conteúdo do livro para que esteja devidamente sinalizado e compreensível para pessoas surdas, além de ser coerente com a mensagem do autor", disse ele.
Após a conclusão da gravação, o trabalho começa com as ferramentas de inteligência artificial. Como Adam Piasecki explicou, a gravação é primeiro dividida em fragmentos. Em seguida, a IA recebe o material em dois idiomas, em frases simples, e é treinada com base nisso.
Segundo Adam Piasecki, este é o único projeto do gênero na Polônia. "O maior problema, e ao mesmo tempo o desafio, é adquirir um recurso suficientemente grande que possa ser usado para treinar inteligência artificial. Este é o nosso principal objetivo. Presumimos que, se este projeto for bem-sucedido, daremos continuidade a ele", anunciou.
Na opinião dele, a criação de um programa que permita "jogar" um livro nele e traduzi-lo para a língua de sinais polonesa usando um avatar digital é uma perspectiva para os próximos anos.
"Em nosso instituto, realizamos diversos projetos de acessibilidade há anos, apoiando pessoas cegas e surdas. Expandir essa área de soluções pró-sociais com os recursos da inteligência artificial foi uma consequência natural", concluiu Adam Piasecki.
No início de julho, o antigo instituto da Rede de Pesquisa Łukasiewicz, Łukasiewicz-EMAG, foi transformado no Instituto Łukasiewicz-AI de Inteligência Artificial e Cibersegurança. Além da mudança de nome, o centro de pesquisa sediado em Katowice também planeja expandir seus negócios, incluindo a abertura de um centro de poder computacional e a criação do Centro Nacional para IA Confiável e do programa "IA para Todos". (PAP)
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