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Relatório: Poloneses ainda relutam em admitir problemas de saúde mental

Relatório: Poloneses ainda relutam em admitir problemas de saúde mental

Embora 64% dos poloneses avaliem sua saúde mental como boa, 66% sofrem de fadiga crônica pelo menos algumas vezes. de nós. Uma em cada quatro pessoas atende aos critérios para depressão. O que impede as pessoas de procurar ajuda é, entre outras coisas, a vergonha e a sensação de que podemos lidar com a situação sozinhos - de acordo com o relatório do IP PAN.

Relatório "Bem-estar mental na Polônia. O que pensamos sobre ajuda psicológica?" preparado por uma equipe do Instituto de Psicologia da Academia Polonesa de Ciências. A pesquisa foi realizada no último trimestre de 2024 em uma amostra representativa de poloneses adultos.

O estudo mostra que homens e mulheres poloneses são relutantes em admitir problemas de saúde mental. Embora 64% dos entrevistados afirmem que seu estado mental é bom, uma análise mais detalhada mostra que 66% dos compatriotas adultos sofrem, pelo menos às vezes, de fadiga crônica. Quase 30% admitem que muitas vezes sentem falta de ter um ente querido por perto. Uma em cada quatro pessoas atende aos critérios para possível depressão.

Entre as pessoas na amostra do estudo que receberam um diagnóstico de transtorno mental, psiquiátrico ou de desenvolvimento, a maioria foi diagnosticada com depressão (77%) e transtornos de ansiedade (55%). Lemos no relatório que cerca de 23% de toda a amostra apresentou recentemente sintomas de mau humor, e quase 15% tiveram crenças sobre serem alvo de conspirações e perseguições e lutaram contra pensamentos intrusivos e comportamentos compulsivos.

"Nosso estudo mostra que a condição mental de muitas mulheres e homens poloneses é preocupante. A situação é particularmente difícil para os jovens adultos, que sentem cada vez mais sobrecarga emocional, exaustão e falta de sentido. Suas vidas são ofuscadas por crises: pandemias, guerras, sobrecarga de informações", disse o Dr. Hab. Marta Marchlewska, prof. Instituto de Psicologia da Academia Polonesa de Ciências, citado em um comunicado enviado ao PAP.

Quase metade dos entrevistados declarou que considerou procurar ajuda de um psicólogo, psiquiatra ou psicoterapeuta devido ao desconforto mental. Entre eles, 68%. admitiu ter tido tais pensamentos no ano passado. Apenas 38% dos entrevistados declararam que já haviam realmente utilizado ajuda psicológica profissional.

De acordo com o relatório, além dos fatores objetivos que desencorajam as pessoas a buscar ajuda psicológica profissional (por exemplo, falta de fundos para pagar o apoio - 48%), os entrevistados indicaram com mais frequência aqueles relacionados à sua maneira de pensar sobre a situação. A maioria das pessoas foi impedida pela sensação de que conseguiria lidar com o problema sozinha (54%) ou que ele se resolveria sozinho (44%).

Muitas pessoas acabam não recorrendo a um especialista — porque têm vergonha, não sabem como começar ou porque não confiam nos terapeutas.

Cerca de 71% das pessoas que nunca receberam um diagnóstico psiquiátrico acreditam que tal “rótulo” estaria associado à vergonha. Enquanto isso, entre as pessoas que foram diagnosticadas, apenas 27%. fala sobre sentir vergonha.

"Quem nunca utilizou ajuda psicológica a avalia pior do que quem a recebeu. Nossas imaginações costumam ser muito mais cruéis do que a realidade. E são elas que, em primeiro lugar, bloqueiam o acesso ao apoio", comentou a Profa. Marta Marchlewska.

Embora a psicologia seja interessante para muitos entrevistados, seu conhecimento sobre ela é fragmentado.

Até 94 por cento. Os entrevistados consideraram verdadeira a afirmação de que pessoas que não foram diagnosticadas com transtornos mentais ou que não enfrentam problemas sérios também podem usar os serviços de psicoterapeutas, o que indica uma alta conscientização sobre a disponibilidade da psicoterapia. 77% concordaram com a afirmação de que nem todos os medicamentos psicotrópicos têm efeito viciante, o que indica um conhecimento relativamente bom das especificidades da farmacoterapia. 73% dos entrevistados indicaram corretamente que psicoterapia não é equivalente a conversar com alguém próximo.

Ao mesmo tempo, quase 10% acreditam em teorias da conspiração de que a psicoterapia é uma forma de manipular a sociedade. Uma grande proporção de entrevistados — 27% — acredita que concluir um curso de psicologia proporciona a capacidade de ler mentes. Por sua vez, 19% dos entrevistados afirmaram que a terapia medicamentosa sempre causa mais danos do que benefícios, o que indica crenças negativas em relação ao tratamento medicamentoso.

"O conhecimento psicológico na Polônia ainda parece elitista e cheio de lacunas. A maioria das pessoas o obtém da cultura pop ou de suas próprias suposições, e não de fontes confiáveis. É por isso que a educação psicológica deve ser tratada como uma necessidade", acrescentou a Profa. Marta Marchlewska.

O relatório foi preparado como parte do programa Psicologia para a Sociedade, implementado com o apoio do Ministério da Ciência e Ensino Superior.

A pesquisa foi realizada no último trimestre de 2024 na forma de uma pesquisa online. O objetivo era obter dados de uma amostra representativa de poloneses adultos, selecionados levando em consideração critérios demográficos como gênero, idade e local de residência. A amostra da pesquisa incluiu 647 pessoas.

O relatório completo está disponível no site. (PAP)

Ciência na Polônia

ekr/ agt/

naukawpolsce.pl

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