Um químico da Universidade de Lodz examinou o efeito de esmaltes híbridos na lâmina ungueal.

Uma pesquisa da Dra. Kamila Borowczyk, da Universidade de Lodz, mostrou que o uso prolongado de esmaltes híbridos tem um impacto negativo na lâmina ungueal. Esse fenômeno pode ser causado por uma redução significativa na quantidade de aminoácidos que compõem a lâmina ungueal.
A ideia de pesquisa relacionada à avaliação do conteúdo dos compostos mais importantes que constituem a lâmina ungueal surgiu das observações pessoais de um pesquisador do Departamento de Química Ambiental da Faculdade de Química da Universidade de Lodz.
Como explicou no material fornecido ao PAP pela universidade, ela inicialmente gostou da conveniência de usar os populares "híbridos", mas quando, após dois meses de modelagem regular, removeu outra camada de esmalte, notou que suas unhas estavam finas como papel e muito secas. Ela decidiu investigar os efeitos químicos da aplicação regular de esmalte curado por UV nas unhas.
As unhas são feitas de queratina, que é responsável, entre outras coisas, por sua dureza, e os dois componentes básicos necessários para a síntese adequada desse material de construção são a cisteína e a metionina - é por isso que a Dra. Borowczyk baseou sua pesquisa na determinação desses componentes em amostras coletadas da lâmina ungueal.
O cientista usou cromatografia líquida de alta eficiência, uma técnica analítica que é uma das mais comumente usadas na análise de amostras de plantas, animais e humanos; ela é usada, entre outras coisas, para testar alimentos, medicamentos e até tintas de automóveis.
A química conduziu experimentos iniciais em suas próprias amostras e, em seguida, expandiu seu estudo para incluir 14 voluntárias que nunca haviam usado esmalte em gel, unhas artificiais ou extensões de gel. Elas foram tratadas regularmente com esmalte em gel e amostras foram coletadas.
O autor do estudo garantiu que as etapas de medição da espessura das unhas (com paquímetro), aplicação da camada de base, da camada de cor e do top coat, e remoção da camada antiga de esmalte, fossem realizadas de forma estéril, da mesma maneira e pela mesma pessoa, que havia concluído o treinamento adequado. O procedimento foi repetido para cada participante a cada duas semanas, durante seis meses.
Observações e medições realizadas durante um período de 6 meses provaram que o uso de vernizes híbridos tem um impacto negativo na lâmina ungueal, cujos sintomas incluem: aumento da fragilidade, rachaduras e desintegração.
Testes analíticos, por sua vez, revelaram a possível causa do enfraquecimento, visível a olho nu: uma redução significativa na quantidade de aminoácidos construtores na lâmina ungueal. Após seis meses de uso dos "híbridos", os níveis de cisteína diminuíram 22% e os de metionina, mais de 30%.
"Esmaltes híbridos certamente são uma decoração para as nossas unhas, mas vale lembrar que processos químicos ocorrem sob essa linda camada. O uso regular é uma boa maneira de dar às suas unhas tempo para descansar e se regenerar", diz a Dra. Kamila Borowczyk. (PAP)
Ciência na Polônia
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