Afinal, Macron não vai ter tempo para discursar na Assembleia da República

Ao contrário da mensagem que o próprio tinha feito chegar pelas vias diplomáticas ao gabinete de José Pedro Aguiar-Branco, afinal Emmanuel Macron, que estará em Portugal nos dias 27 e 28 para uma visita de Estado, já não vai discursar na Assembleia da República na próxima quinta-feira nem terá sessão solene no plenário. A visita do Presidente francês vai dividir-se entre Lisboa e o Porto.

Devido a constrangimentos temporais, a presença do Presidente da República francês no Parlamento vai limitar-se a uma sessão de boas vindas no salão nobre, confirmou ao PÚBLICO o gabinete de Aguiar-Branco.

Nem se sabe ainda se Emmanuel Macron irá fazer uma breve intervenção para agradecer a hospitalidade do presidente do Parlamento no âmbito da sua visita de Estado a Portugal, a primeira de um Presidente francês em cerca de 25 anos.

Este novo modelo da visita de Macron à Assembleia da República é uma versão minimalista do que o próprio pretendia. De acordo com a súmula da conferência de líderes de 22 de Janeiro, Macron teria manifestado um "forte desejo de usar da palavra nos mesmo moldes" que o tinham feito os anteriores chefes de Estado franceses - Giscard d’Estaing, François Mitterrand e Jacques Chirac​ - que visitaram Portugal.

Por isso, o actual Presidente francês seria recebido no Parlamento com uma sessão solene como as que "são preparadas para acolher chefes de Estado de países muito próximos de Portugal, como é o caso de França". Ou seja, com uma sessão de cerca de uma hora, no plenário, com discursos de Aguiar-Branco e de Emmanuel Macron. A que assistiriam o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, também na Mesa (mas sem intervir), assim como o primeiro-ministro e o Governo. Na altura não se falou sobre a existência de convidados nas galerias.