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Montenegro anuncia venda de 49,9% da TAP

Montenegro anuncia venda de 49,9% da TAP

“Se nenhuma proposta para a TAP for relevante, há a possibilidade de suspendermos a privatização”. A garantia foi deixada por Luís Montenegro na comunicação feita ao país, a meio do Conselho de Ministros, para anunciar que o Estado vai avançar com a promessa eleitoral da AD e vender 49,9% da companhia aérea portuguesa, sendo que 44,9% será para vender a um investidor e 5% para os trabalhadores.

O primeiro-ministro não quis responder a nenhuma pergunta, garantindo que ao longo do dia o Governo dará mais informações sobre a privatização anunciada.

Não há, por exemplo, informações sobre que tipo de condições serão impostas ao comprador privado, nomeadamente na questão das rotas ou do hub de Lisboa.

“Um poço sem fundo” a dar lucro há três anos consecutivos

Apesar de o objetivo ser vender, Luís Montenegro classificou a TAP como “um poço sem fundo”, vincando que a decisão agora tomada reflete o que estava no programa que a AD levou a votos.

“É a pensar no futuro do país, no desenvolvimento do país que tomamos esta decisão. Já gastámos muito dinheiro que não se repercutiu na vida dos portugueses. Não queremos continuar a deitar dinheiro para um poço que não tem fundo”, disse, fazendo eco de um argumento há muito usado pela direita para a venda da empresa, mas que a apresenta aos potenciais compradores como um possível mau negócio, apesar de nos últimos anos a TAP ter dado lucros.

A TAP terminou o ano 2024 com um resultado líquido positivo de 53,7 milhões de euros, o seu terceiro ano consecutivo de lucro. Em 2023, o ganho tinha sido de 177,3 milhões de euros. Já em 2022, os lucros tinham sido 65,6 milhões, depois de quatro anos a dar prejuízo. Já depois da venda ao consórcio de David Neelman e Humberto Pedrosa, a empresa deu prejuízo, acumulando perdas entre 2018 e 2021, um resultado em parte explicado pela pandemia, que levou os aviões a ficarem no chão em 2020, facto que desencadeou uma intervenção do Estado para impedir o encerramento da TAP.

O PSD chegou a defender a privatização total da companhia aérea, no entanto não teria maioria no Parlamento para fazer esse negócio. Até agora, a posição de Chega e PS tem sido a de rejeitar uma venda do total do capital da empresa, considerando estes dois partidos que o Estado deve manter uma participação na TAP.

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