Problema para os carros elétricos: maior fabricante mundial de baterias de lítio pausa operações de mina na China

O avanço dos carros elétricos parecia imparável, impulsionado por baterias com preços cada vez mais acessíveis. É uma democratização que depende, em grande parte, de um fornecimento constante de lítio, esse "ouro branco" que se tornou o núcleo da disputa. Mas uma areia na engrenagem — ou melhor, uma montanha — acabou travando o mecanismo.
O gigante chinês CATL, fornecedor essencial de quase todos os fabricantes de automóveis, da Peugeot à Tesla, colocou em pausa sua maior mina de lítio. E essa notícia claramente abalou toda a cadeia do setor.
É um verdadeiro choque para a indústria. A mina de Jianxiawo, localizada na província de Jiangxi, silenciou. Este imenso local de extração, responsável sozinho por 6% da produção mundial de lítio, teve sua licença de operação revogada pelas autoridades chinesas.
A paralisação é abrupta e deve durar, no mínimo, três meses, tempo necessário para a CATL se adequar às exigências administrativas.
Essa mina não é apenas mais um local de extração. É, simplesmente, o coração pulsante do fornecimento para o número 1 mundial em baterias. O Bank of America estima, aliás, que as outras minas dessa região estratégica representam mais 5% da oferta global. Ou seja, quando Jiangxi "pega um resfriado", toda a cadeia de valor do carro elétrico corre o risco de ficar com pneumonia. O efeito imediato não se fez esperar: as ações de empresas concorrentes, tanto chinesas quanto australianas, dispararam, e o preço do ...
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