Reportagem na selva mágica da Amazónia

Tem tudo para ser a viagem de uma vida. Podermos embrenhar-nos no coração de um dos mais vibrantes pulmões do planeta, sem nunca deixar de desfrutar do conforto e da segurança na hospedagem e nos transportes, acompanhados por guias atentos e conhecedores, ao mesmo tempo que nos encontramos a curta distância de uma metrópole cosmopolita e alegre, como só as cidades brasileiras conseguem ser – é um privilégio e uma experiência inesquecível. Tudo isto bem no centro da Amazónia, a maior floresta tropical do mundo, e banhados pelo majestoso Amazonas e o seu maior afluente, o rio Negro. Um destino único, que agora se encontra mais perto, graças à reativação dos três voos semanais da TAP diretos a partir de Lisboa.
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Com os seus 6,74 milhões de quilómetros quadrados, a Amazónia estende-se na sua maior parte (60%) pelo Brasil, mas chega a mais oito países (Bolívia, Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa). A selva abrange maioritariamente o estado do Amazonas, mas ocupa também regiões de Acre, Amapá, Pará, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins e Maranhão. Ao todo, quase metade do território brasileiro. Bem no centro deste ponto fulcral da biodiversidade e crucial para a manutenção do ciclo da água e a regulação climática globais, está Manaus, uma cidade de dois milhões de habitantes, cercada por floresta densa e pujante e dois dos maiores rios do mundo. Essa situação não a impediu, porém, de ser metrópole repleta de esplendor arquitetónico, patrocinado pelas riquezas proporcionadas pelos ciclos da borracha, que se extraía das árvores locais e dali seguia para todo o mundo. Chamavam-lhe nessa altura, até ao dealbar do século XX, a “Paris dos trópicos”, fruto da forte influência europeia que determinou a construção de alguns dos seus principais edifícios, que ainda hoje perduram, como é o caso do Teatro Amazonas, da Catedral Metropolitana, do Palácio Rio Negro e do Mercado Municipal, desenhado por Gustave Eiffel. Traços arquitetónicos também perfeitamente reconhecíveis em grande parte do centro histórico da capital amazonense, que fazem lembrar as zonas mais antigas de cidades como o Rio de Janeiro ou Salvador da Bahia.
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