Três estrangeiras ganharam leilão para explorar petróleo na foz do Amazonas

A ExxonMobil é a segunda maior companhia de petróleo do mundo e a maior dos Estados Unidos. Hoje, vale mais de US$ 490 bilhões na Bolsa de Valores de Nova York. Assim como outras empresas do setor, a ExxonMobil vive os desafios de um mercado de petróleo instável, com preços em queda. Em 2024, a empresa teve lucro de US$ 33,7 bilhões, uma queda de 6,4% em relação a 2023.
A empresa tem enfrentado questionamentos de investidores que criticam os seus poucos investimentos em energia renovável. No ano passado, a ExxonMobil chegou a processar investidores ativistas por apresentarem uma proposta que pedia à empresa que priorizasse a redução de emissões de carbono. Também no ano passado, o estado da Califórnia e vários grupos ambientalistas processaram a ExxonMobil, sob a acusação de que a empresa ajudou a alimentar a poluição global por resíduos plásticos, ao divulgar informações falsas sobre as limitações da reciclagem do plástico.
Enquanto lida com essas acusações em seu país de origem, a ExxonMobil briga por espaço na exploração de petróleo na América do Sul. A companhia vive uma disputa com a também americana Chevron. Ambas reivindicam o direito sobre uma fatia de um enorme campo de petróleo na Guiana, o Stabroek, que tem reservas estimadas em 11 bilhões de barris. A arbitragem sobre o tema corre em Londres.
ChevronNo Brasil, a Chevron tem um portfólio com 17 blocos exploratórios do pré-sal, nas bacias de Campos e Pelotas. Opera ainda uma fábrica de aditivos para lubrificantes.
A Chevron é a segunda maior companhia petrolífera dos Estados Unidos e a terceira maior do mundo. Tem receita na casa dos US$ 200 bilhões. Em 2024, a empresa teve lucro de US$ 18 bilhões, queda de 17% em relação a 2023. Em fevereiro deste ano, anunciou que faria um corte de até 9 mil funcionários até 2026. Pouco depois, foi obrigada pelo governo de Donald Trump a encerrar suas operações na Venezuela.
uol